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Dólar vai abaixo dos R$ 5; por que a moeda está caindo?

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27 de out. de 2023

Divisa perdia quase 1% durante as negociações da manhã

Alsorsa.News
Notas de dólar | REUTERS/Dado Ruvic

O dólar opera em leve alta na tarde desta sexta-feira (27), pressionado pelas falas de Lula sobre a meta fiscal.


Por volta das 15h, a divisa subia 0,13%, a R$ 4,99, depois que o presidente afirmou que o governo não deve conseguir cumprir a meta de zerar o déficit primário das contas públicas em 2024.


O movimento vai na contramão da alta da divisa desta manhã, que chegou a perder quase 1%, a R$ 4,94.


A queda vista foi impactada pelos dados de inflação dos Estados Unidos em linha com o esperado e um resultado fiscal acima do esperado pelo governo em setembro.


O índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) registrou uma taxa de 0,4% em setembro, se mantendo na mesma taxa registada em agosto.


Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice caiu para 3,4%, ante 3,5% observado em agosto.


Os economistas estimaram que o índice PCE principal subiria 0,3% ao mês e 3,4% ao ano, de acordo com a Refinitiv.


“Não teve tantas surpresas assim, então o comportamento (do dólar) pós-divulgação está em linha com o que já era a expectativa do mercado antes do dado”, disse à Reuters Matheus Pizzani, economista da CM Capital.


Além disso, o governo central registrou superávit primário de R$ 11,5 bilhões nas contas em setembro deste ano, segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta manhã.


Esse é o melhor resultado para o mês na série histórica do Tesouro Nacional desde 2010, quando o saldo positivo foi de R$ 55,6 bilhões (corrigidos pela inflação).


Pizzani explica que o resultado fiscal de setembro era bem aguardado e, de certa forma, acabou sendo positivo, dando um horizonte um pouco mais positivo para as contas públicas, especialmente para o final do ano.


O especialista ainda reconheceu o “grande esforço da equipe econômica do governo para mudar a base fiscal do país” e aumentar a arrecadação.


Veja também: Contas públicas registram saldo negativo de R$ 22,8 bilhões em agosto


*CNN Brasil/*com informações de agência Reuters



Magazine Luiza (MGLU3) despenca mais de 15% e registra maior queda do Ibovespa na semana; veja o que derrubou os papéis da varejista

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21 de out. de 2023

As ações mais sensíveis aos juros dominaram a lista de maiores quedas do principal índice acionário brasileiro

Alsorsa.News
Imagem: Shutterstock/Montagem: Felipe Alves

Em uma semana negativa para a bolsa brasileira, as ações mais sensíveis aos juros encabeçam a lista de maiores quedas do principal índice acionário do país. O Magazine Luiza (MGLU3) ficou com o primeiro lugar desse pódio ingrato após recuar mais de 15% nos últimos cinco dias.


Vale destacar que o Ibovespa registrou queda de 2,2% no período, pressionado pela escalada do conflito no Oriente Médio — que impulsiona a busca por ativos considerados porto seguro nos investimentos, como o ouro — e falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).


As declarações de Powell atrapalharam os negócios devido ao tom mais duro do chefe do BC norte-americano sobre o futuro da política monetária nos EUA.


O dirigente do Fed ressaltou que os juros devem permanecer elevados por mais tempo nos EUA e confirmou que o BC não abandonou o aperto monetário de vez.


Confira as maiores quedas do Ibovespa na semana:

Ação Variação semanal

Magazine Luiza (MGLU3) -15,38%

CVC (CVCB3) -14,38%

MRV (MRVE3) -9,96%

Carrefour Brasil (CRFB3) -9,32%

Iguatemi (IGTI11) -8,36%

Fonte: Trading View


Por que o Magazine Luiza (MGLU3) e outras ações de consumo recuam forte?

De volta às maiores quedas da semana, vale destacar que, em meio ao cenário geopolítico turbulento e a pressão nos juros, os yields dos Treasurys de 10 anos — títulos de dívida do governo dos EUA considerados um dos ativos mais seguros do mundo e usados com referência no mercado — ultrapassaram os 5% pela primeira vez em 16 anos na quinta-feira (19).


O mercado de Treasurys de US$ 25 trilhões é considerado a base do sistema financeiro global, e a disparada dos yields tem efeitos abrangentes.


Por isso, mesmo com o mercado brasileiro atualmente passando por um ciclo de queda nos juros, a alta dos títulos norte-americanos pressiona setores sensíveis às taxas, como o varejo, no qual se insere o Magazine Luiza, e o turismo — dois segmentos que encabeçam a lista de maiores quedas do Ibovespa nesta semana.


A construção civil também é afetada pelas perspectivas dos juros, mas a queda acentuada da MRV (MRVE3) está ligada à reação dos investidores à prévia operacional da companhia, que mostrou pouca aceleração nos lançamentos e queima de caixa milionária.


As maiores altas da semana

Já na ponta oposta do índice, a Embraer (EMBR3) registrou a maior alta do Ibovespa em uma semana na qual mostrou que suas aeronaves dominam cada vez mais os céus europeus.


A companhia anunciou na terça-feira (17) que a República Tcheca iniciou as negociações para uma potencial aquisição do jato C-390 Millennium como aeronave de transporte militar. O país europeu pretende adquirir duas aeronaves da Embraer e suporte associado.


O contrato ainda inclui treinamentos para pilotos e técnicos, fornecimento de peças de reposição e um plano de entrada em operação com a presença local da equipe da Embraer no país no início do processo. 


Há destaque ainda para o forte desempenho das ações da Petrobras (PETR3/PETR4) em meio ao avanço do petróleo. Os preços do barril sobem com as incertezas sobre o efeito do conflito no Oriente Médio na oferta da commodity.


Ação Variação semanal

Embraer (EMBR3) +4,35%

Petrobras (PETR4) +4,33%

Petrobras (PETR3) +3,79%

Energisa (ENGI11) +3,24%

Rede D'Or (RDOR3) +3,06%

Fonte: Trading View


*Seu Dinheiro

Tubarões com patrimônio trilionário fogem da Bolsa; fatia alocada em ações é a menor da história

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18 de out. de 2023

O apetite dos maiores investidores institucionais do país pelos ativos da B3 está no patamar mais baixo em anos

Alsorsa.News
(Imagem: Carla Carniel/Reuters)

A Bolsa não anda apetitosa para os maiores tubarões do país, de acordo com dados revelados nesta terça (17) pela Abrapp (Associação Brasileira das EFPCs).


As EFPCs (Entidades Fechadas de Previdência Complementar) são os maiores investidores institucionais do país, com patrimônio líquido somado de R$ 1,2 trilhão, de acordo com o relatório divulgado. O número cresceu 6,28% ante o ano passado.


Porém, o levantamento acompanhou um dado negativo para o mercado de capitais: as EFPCs estão fugindo das bolsas. O patamar médio de investimentos em renda variável por esses investidores chegou a 12,2%, ou “apenas” R$ 138 bilhões -o menor valor desde 2018, até onde vão as estatísticas divulgadas pela Abrapp.


Tubarões que fazem preço aproveitam alta da Selic

Em 2020, por exemplo, o patrimônio desses players na B3 era de mais de R$ 200 bilhões, mexendo nos preços do Ibovespa. Mas atualmente, a maior parte dos investimentos está na renda fixa, com aportes médios entre as EFPCs sendo 79,2%, de acordo com os dados da Abrapp. Então, por que a alocação na Bolsa caiu tanto?


A explicação vem em parte pela natureza dessas entidades. Como são previdência complementar, essas entidades têm de pagar benefícios todos os meses para aposentados das empresas que mantêm esses fundos – o que torna o perfil de investimentos deles naturalmente conservadores e de longo prazo.


Com isso, os fundos de pensão precisam todo ano bater uma meta, conhecida como “meta atuarial”, visto que é designada através da ciência atuária, que analisa e gerencia riscos e expectativas.


Mas, atualmente, o patamar está excessivamente conservador. O que explica essa situação? Um dos fatores primordiais é a taxa Selic, que, em patamar elevado, contribui para a valorização de títulos públicos.


Dessa forma, as Notas do Tesouro Nacional, com vencimento para daqui a algumas décadas, tornam-se atraentes para esses fundos, pois suprem suas metas atuárias, com baixo risco envolvido.


Gestor diz que Bolsa é ‘janela de oportunidade’

Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap, gestora que atende investidores institucionais como as EFPC, explica a  atratividade dos títulos públicos para esses tubarões dos investimentos: “Essa abertura da curva de juros elevou títulos extremamente conservadores que, em muitos casos, superam a meta atuarial desses fundos de pensão”.


Ele diz, no entanto, que a bolsa está numa “janela de oportunidade”, inclusive para esses players. “Reforçamos que neste momento estão as melhores oportunidades para os investimentos em bolsa, inclusive no longo prazo”, afirma.


Com um fundo exposto inteiramente em ações, o Mauritsstad, a gestora tem atraído institucionais pelo resultado do fundo, que em 2023 tem performado acima do Ibovespa, rendendo 7,47% até setembro, enquanto a bolsa está em 5,93%. 


Brito cita que o track record -o histórico do fundo, na linguagem do mercado- tem também ajudado a atrair as EFPCs. Desde seu início, em 2003, o fundo rendeu 1.184%, contra 449% do Ibovespa.


Ele cita dois setores que ajudaram o fundo a ter boa performance neste ano. “Surfamos bem em commodities e energia elétrica”, diz.


*Money Times

Bolsa sobe e dólar cai, mas fica acima de R$ 5 pelo 2º dia seguido

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28 de set. de 2023

Ibovespa registrou alta de 1,23%, com alívio no front externo e valorização dos papéis da Vale. Moeda americana fechou cotada a R$ 5,039

Alsorsa.News
Hugo Barreto/Metrópoles

O Ibovespa fechou em forte alta de 1,23%, aos 115.730 pontos, nesta quinta-feira (28/9). O principal índice de Bolsa brasileira (B3) beneficiou-se de um momento de maior estabilidade do cenário internacional e da valorização de ações no mercado brasileiro, notadamente da Vale e dos bancos.


No front externo, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) americano veio dentro do esperado pelo mercado, com crescimento de 2,1% no segundo trimestre de 2023. Já os pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficaram em 204 mil na semana passada, bem abaixo dos 214 mil esperados pelos analistas. Mas essa diferença, em tese, uma indicação de que a economia americana segue aquecida, não foi suficiente para desanimar os investidores no Brasil.


Uma série de boas notícias garantiu o desempenho positivo do Ibovespa. Houve, por exemplo, uma elevação de 0,89% do minério de ferro negociado para janeiro, cotado a US$ 116,66 no mercado internacional. Com isso, as ações da Vale, com grande peso no índice, subiram 1,52% no pregão.


Os bancos também colheram bons resultados e ajudaram a Bolsa a subir. As ações do Banco do Brasil avançaram 3,21%, as do Itaú, 2,64%, e as do Bradesco, 2,37%. Mesmo as companhias de varejo, que vêm registrando sucessivas quedas, saíram-se bem no pregão. Os papéis da Lojas Renner valorizaram 4,03%, após cinco sessões em baixa, e os do Magazine Luiza, 0,49%, depois de sete quedas.


Dólar

O dólar comercial fechou em queda de 0,16%, cotado a R$ 5,039, depois de ter registrado a mínima de R$ 5,015 e a máxima de R$ 5,069. A desvalorização da moeda americana em relação ao real ocorreu um dia depois de forte alta de 1,22%, quando ela superou a barreira de R$ 5 e fechou cotada a R$ 5,047. Com isso, atingiu o maior patamar desde 31 de maio, quando encerrou a sessão valendo R$ 5,073.


*Metrópoles 

Dólar já caiu de R$ 5,45 para R$ 4,80 desde o início do governo Lula; o que esperar da moeda norte-americana agora?

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19 de jun. de 2023

Saiba o que fez o dólar desabar após atingir pico logo no início do governo e como as ações de Lula podem influenciar as cotações da moeda

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Montagem com o presidente Lula sobre uma nota de dólar - Imagem: Montagem: Seu Dinheiro / Shutterstock

O governo Lula tinha apenas quatro dias quando o dólar comercial atingiu as máximas do ano aos R$ 5,452. Na ocasião, os investidores ficaram assustados com as primeiras declarações econômicas do presidente e de alguns ministros.


Mas o que parecia ser o início de uma escalada acabou se revelando um desfiladeiro. De lá para cá, o dólar acumula uma queda de 11,6% e atingiu a cotação mais baixa do ano na última quinta-feira, a R$ 4,803.


A moeda norte-americana voltou a ganhar força na sexta-feira e encerrou a semana a R$ 4,82. Ainda assim, o movimento não parece uma reversão da trajetória de baixa no curto prazo, segundo analistas.


Mas o que motivou a queda do dólar, no fim das contas? E, mais importante, o que esperar do câmbio daqui para frente? A seguir trazemos algumas respostas e pistas dos próximos movimentos da moeda.


De antemão, é bom destacar o que os especialistas em investimentos não se cansam de repetir: é importante manter sempre uma parcela da sua carteira em dólar. Isso porque o câmbio costuma a ser a primeira barreira de proteção caso as coisas deem errado.


TUBARÕES DO MERCADO "FIZERAM O L"; AGORA A APOSTA É QUE BOLSA DE VALORES PODE SUBIR MAIS E O DÓLAR EM QUEDA


O que fez o dólar cair

Após disparar nos primeiros dias do governo Lula, o dólar teve uma acomodação em fevereiro e voltou a ganhar força no mês seguinte, quando o movimento de queda se consolidou com mais vigor.

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Fonte: Broadcast

O câmbio reagiu mal em momentos como as declarações de Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com o risco de descontrole das contas públicas na gestão do petista.


Mas essa possibilidade foi afastada pelo mercado depois da apresentação do projeto do arcabouço fiscal pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justamente no fim de março.


A sinalização de alguma responsabilidade fiscal nos próximos anos fez com que os investidores reduzissem as apostas contra a moeda brasileira, o que tirou a pressão sobre o dólar.


Tudo isso ajudou a trazer de volta recursos estrangeiros para o Brasil. E com mais dólares em circulação, a tendência é que a moeda norte-americana perca força.


Enquanto isso, o dólar também se desvalorizou contra outras divisas internacionais, na perspectiva de que o Federal Reserve interrompesse o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, o que acabou se confirmando nesta semana.


Por falar em juros, o Banco Central brasileiro tem tudo para começar a reduzir a taxa básica de juros (Selic). O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana e a expectativa é que o comunicado traga alguma sinalização de início dos cortes.


O que esperar do dólar daqui para frente

A taxa de câmbio foi criada por Deus apenas para humilhar os economistas, diz a célebre frase de Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real.


Então com a ressalva de que é praticamente impossível prever o que vai acontecer com o dólar, a tendência para a moeda norte-americana é de queda ou estabilização nos patamares atuais.


No curto prazo, a trajetória do câmbio dependerá de basicamente duas variáveis: o fluxo externo e o preço das commodities.


A primeira é favorável ao país, já que a alocação de investidores estrangeiros permanece perto dos níveis históricos mais baixos.


E a entrada de recursos pode aumentar caso o Brasil consiga melhorar a avaliação pelas agências de classificação de risco. A S&P Global inclusive deu um passo nessa direção ao colocar o rating de crédito do país em perspectiva positiva.


Já o preço das commodities permanece como um fator de preocupação diante da queda recente e pode pressionar o câmbio. Isso porque, se por um lado a queda das matérias-primas é positiva para a inflação, por outro reduz os dólares que o Brasil recebe via exportações.


O efeito Lula

No médio e longo prazo, a condução da política econômica pelo governo Lula volta à mesa como um fator que pode influenciar o dólar. No mercado, ainda restam muitas dúvidas sobre o comportamento do presidente, principalmente quando ele for testado a tomar medidas impopulares.


Entre os riscos está o efetivo cumprimento do arcabouço fiscal, que prevê a redução de gastos quando não houver contrapartida nas receitas do governo.


Outro ponto de interrogação que paira sobre Lula é como o presidente vai agir caso o Banco Central seja obrigado no futuro a subir os juros para conter a inflação. Caso o mercado entenda que a Selic artificialmente baixa, a tendência é que os investidores corram para o dólar.


*Seu Dinheiro 

Após romper os R$ 4,80, é possível sonhar com dólar a R$ 4,50?

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 Após romper os R$ 4,80, é possível sonhar com dólar a R$ 4,50

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Dólar opera nas mínimas em um ano digerindo fatores internos e externos; Analistas veem espaço para mais quedas (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)

Demorou, mas finalmente o dólar à vista rompeu o nível de R$ 4,80 e ficou abaixo desse patamar tão esperado, após pouco mais de um ano.


Se a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao manter a taxa de juros quase jogou um banho de água fria a quem esperava por esse momento, o otimismo da agência de classificação de risco S&P com o Brasil acelerou as perdas da moeda norte-americana.


Nesta semana, a taxa nos Estados Unidos seguiu no intervalo entre 5% e 5,25%, após a autoridade monetária promover dez altas seguidas dos juros, iniciada em março de 2022. Contudo, o Fed sinalizou que deverá voltar a elevar juros.


Porém, no mesmo dia, a  S&P  surpreendeu o mercado ao elevar a perspectiva do Brasil de “estável” para “positiva” reafirmando o rating “BB-“. No entanto, para o tão sonhado grau de investimento, o país precisa subir mais três degraus.


Dólar entre Fed e S&P

O analista da Empiricus Research, Enzo Pacheco, reforça que a notícia do rating do Brasil fez o dólar voltar a cair, após um estresse com as sinalizações de que o Fed deve subir juros nas próximas reuniões de política monetária.


Logo após a decisão do BC americano, o gráfico de pontos (dot plots) passou a sinalizar outras duas elevações de 0,25 ponto percentual (p.p.) até o fim deste ano. Sendo assim, a mediana das projeções da Fed Funds Rate saltou do intervalo de 5% a 5,25% para 5,50% a 5,75%. Até dezembro, o Fed terá mais quatro encontros.


Porém, mesmo digerindo os próximos passos do banco central americano, Pacheco diz que “não acha absurdo pensar” em um dólar nos níveis de R$ 4,60 e até de R$ 4,50 nas próximas semanas.


Não acho que seja impossível. Mas também não acho que seja tão sustentável esse dólar para baixo”, pondera. Segundo o analista da Empiricus, vide a importância da taxa de câmbio para as exportadoras, a queda do dólar tira a atratividade das empresas exportarem seus produtos.


“Mas ainda vejo espaço para R$ 4,50, que é visto por economistas como um câmbio de equilíbrio. Mas isso, claro, sem crise. Lembrando que qualquer estresse lá fora, a moeda também tem espaço para voltar aos R$ 5,00”, destaca.


Suporte para R$ 4,80

Se a combinação dos fatores decisão do Federal Reserve e perspectiva mais positiva com o Brasil ajudaram o dólar a renovar as mínimas em um ano, o investidor quer saber o que pode sustentar a moeda abaixo desse patamar, não alcançado desde o começo de junho de 2022.


Por enquanto, para o head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, o que deve dar suporte para a divisa estrangeira na casa dos R$ 4,70 é a balança comercial.


“Movida pelas vendas de commodities. Além da taxa de juros [taxa Selic] que ainda está em um patamar muito alto. Esses dois componentes dão suporte ao dólar abaixo dos R$ 4,80″, avalia.


Weigt ainda destaca outro fator doméstico que tem ajudado o dólar a ficar abaixo dos R$ 5,00 desde abril, a diluição do risco fiscal. “Os grandes riscos que tínhamos na parte fiscal estão menores. E se tivermos a aprovação da reforma tributária, ou uma parte dela pelo menos, será positivo para dar esse suporte”, observa.


É hora de comprar dólar?

Seja para investir ou para viajar, analistas veem na atual cotação do dólar uma oportunidade de investimentos. Porém, como Pacheco vê espaço para mais quedas no preço da divisa, ele orienta quem quer comprar dólar agora pode esperar mais um pouco.


“Porque a gente pode ver novas quedas nas próximas semanas”, diz. Contudo, caso o investidor queira montar uma posição na moeda, a cotação em R$ 4,80 pode ser um bom nível para começar. “E vai investindo uma fatia à medida que a moeda for caindo”, reforça o analista da Empiricus.


Por outro lado, Weigt, da Travelex, ressalta a máxima dos investimentos de sempre diversificar a carteira de moedas, entre real, dólar e euro. “Diria que, de toda a carteira de investimento, indico ter sempre entre 10% a 30% dela em dólar ou euro, para justamente ter uma diversificação”, ressalta.


*Money Times 

Ibovespa tem pior fevereiro em 22 anos

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3 de mar. de 2023

O mês de fevereiro terminou com uma baixa histórica para Ibovespa, que é o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A baixa foi de 7,49%, aos 104 mil pontos. O Ibovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3.

Alsorsa.News | Ibovespa tem pior fevereiro em 22 anosFoto: Csaba Nagy/Pixabay

Essa é a pior marca já registrada no mês em 22 anos. As incertezas no cenário econômico global e doméstico puxaram o Ibovespa para baixo.


Com a queda de braço entre o Governo Lula e o Banco Central (BC), a conjuntura interna preocupou investidores, que temem alguma forma de intervenção na política monetária.


No início de fevereiro, o Copom do BC manteve a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano.


Os indicativos são de que os cortes nos juros não devem acontecer tão cedo por causa do risco fiscal e de perspectivas de inflação mais alta.


O pacote econômico para ajuste das contas públicas apresentado por Haddad não convenceu o mercado financeiro.


*Gazeta do Brasil 

Alpargatas (ALPA4) e outras varejistas sobem na Bolsa com juros futuros em queda; Ibovespa cai

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27 de fev. de 2023

Segundo dados da plataforma do TradeMap, os contratos futuros de juros para 2024, 2026 e 2029 recuavam em bloco

Foto: Shutterstock


A ação da Alpargatas (ALPA4) e de outras empresas do varejo operam entre as maiores altas do pregão da Bolsa nesta segunda (27), refletindo um recuo nos contratos futuros de juros.


Por volta das 13h05, a dona da Havaianas subia 4,77%, Magalu (MGLU3) se valorizava 1,94%, Via (VIIA3) tinha alta de 0,51%, a Renner (LREN3) ganhava 2% e, fora do Ibovespa, a Guararapes (GUAR3) disparava 18%. No mesmo horário, o principal índice da Bolsa ia na contramão e caía 0,15% e operava aos 105.659 pontos. Enquanto isso, os mercados lá fora avançavam em bloco.


Segundo dados da plataforma do TradeMap, os contratos futuros de juros para 2024, 2026 e 2029 recuavam em bloco, cotados a 13,21%, 12,82% e 13,26%, respectivamente. O contrato para 2029 tinha uma baixa de 0,14 ponto percentual, a queda mais intensa entre os pares.


Mais cedo, analistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central mantiveram as projeções da semana anterior para a Selic no final deste ano e no ano que vem em 12,75% e 10%, respectivamente


Somado a isso, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), também divulgado hoje, terminou fevereiro em queda de 0,06% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O resultado contrariou a expectativa do mercado, de alta de 0,22%.


De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a queda no preço de produtos como a soja contribuiu para o recuo do IGP-M em fevereiro.


Hapvida, SLC e mineradoras recuam no Ibovespa

Na parte negativa do índice, a ação da Hapvida (HAPV3) caía 2,75% e a SLC Agrícola (SLCE3) apontava em 2,84% para baixo, liderando as quedas do dia. A empresa do agronegócio teve uma alta de 0,77% no pregão da última sexta após anunciar a aquisição de 12,4 mil hectares de terras no município de São Desidério, na Bahia, por R$ 470 milhões.


Em relatório enviado a clientes no dia, o BTG Pactual pontuou que a SLC executou uma boa oportunidade comercial mesmo considerando que o valor médio das terras agrícolas está caro no país por conta de um avanço no preço das commodities desde 2020.


As ações de mineradoras, por sua vez, recuavam com intensidade acompanhando a baixa do preço do minério de ferro na China. A tonelada da commodity negociada no porto de Dalian encerrou esta segunda-feira (27) com retração de 2,53%, negociada a US$ 127,17.


A queda ocorre após o governo de Pequim suspender temporariamente a produção de aço em Tangshan, um dos principais polos industriais do país, para tentar frear os níveis de poluição na região. Segundo informações da Reuters, as restrições iniciaram no sábado (25), sem previsão para serem revertidas.


O preço da commodity também é pressionado pela alta dos estoques de outros metais básicos no mercado chinês após um período de escassez. Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, ressalta que o preço do minério de ferro passa por um momento pontual de estoques em alta, e que em breve a reposição da indústria deve voltar a normalizar a situação. 


Em resposta, a CSN Mineração (CMIN3) caía 0,45%, e a Vale (VALE3), a ação de maior peso no Ibovespa, perdia 0,55%.


Fim da desoneração dos combustíveis no radar do mercado

Os investidores também estão de olho no fim da desoneração do PIS/ Cofins sobre a gasolina e etanol, implementada durante o governo Bolsonaro em meio às eleições presidenciais e que se encerra amanhã. Apesar da própria Receita Federal ter anunciado que os tributos voltarão a ser cobrados, há dúvidas sobre se os combustíveis serão de fato reonerados.  


Informações de bastidores, como a da colunista Andréia Sadi, da Globonews, apontam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria avaliando o custo político da reoneração, que acrescentaria 0,5 ponto percentual ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano, segundo cálculo do economista André Braz, da FGV.


Lula se reunirá hoje com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para tratar do tema. De acordo com o jornal O Globo, existe a possibilidade tanto de uma prorrogação da desoneração por mais dois meses quanto de uma reoneração gradual do imposto.  


Haddad, vale ressaltar, é a favor da retomada do imposto de forma integral, enquanto alas do governo ainda são mais reticentes. Na avaliação de Eduardo Nishio, analista da Genial Investimentos, a decisão final, que será tomada diretamente por Lula, deve mexer com o mercado pois dará uma dimensão do poder relativo da equipe econômica comparada à área política do governo. “Por enquanto, a equipe econômica perdeu todas as disputas”, comenta.


Na expectativa da decisão, papéis de distribuidoras de combustíveis avançavam na Bolsa. São Martinho (SMTO3) subia 2,23% e Raízen (RAIZ4) avançava 0,70%. 


Cenário externo

As bolsas internacionais operam em terreno positivo após a pior semana do ano tanto nos EUA quanto no Velho Continente. “Na semana passada, os índices globais atingiram mínimas de seis semanas em resposta a um conjunto de dados que forçou os investidores a se prepararem para taxas de juros mais altas tanto nos Estados Unidos quanto na Europa”, avaliou a XP, em relatório matinal.


O dado do PCE (Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal), divulgado na semana passada e que avançou 0,6% nos Estados Unidos em janeiro, mais do que o esperado pelo mercado, estremeceu Wall Street.


O medo dos investidores é que o banco central dos Estados Unidos seja obrigado a elevar mais os juros americanos como forma de conter a alta de preços, cenário que poderia levar a maior economia do mundo à recessão.


*TradeMap 

Ibovespa dolarizado oscila com mercado local em ritmo de Carnaval; ADRs da Vale saltam 1,5%

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21 de fev. de 2023

 

Alsorsa.News | Ibovespa dolarizado oscila com mercado local em ritmo de Carnaval; ADRs da Vale saltam 1,5%

Ibovespa segue fora negociação devido ao feriado prolongado do Carnaval (Imagem: Bloomberg)

O Ibovespa dolarizado (EWZ), negociado na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), abriu o pregão desta terça-feira (21) em queda de 0,63%, cotado a US$ 28,51. Poucos minutos após a abertura, o índice oscilava e subia 0,10%, a US$ 28,72


No mesmo horário, as ADRs (american depositary receipts) da Vale, que têm peso de 10% no EWZ, operavam em alta de 1,35%, valendo US$ 17,27. Já o Itaú, segundo maior peso, subia 0,10%, a US$ 5,155.


Em Wall Street, o índice Dow Jones (DJI) recuava 0,91%, cotado a 33434.5 pontos. Os investidores seguem preocupados que a inflação persistente e os sinais de força na economia dos EUA possam levar o Federal Reserve a adotar mais altas de juros este ano.


No Brasil, o Ibovespa (IBOV) segue fora negociação devido ao feriado prolongado do Carnaval. Na semana passada, o principal índice da B3 registrou alta, puxado pela trégua entre Banco Central e os políticos da base governista.


A perspectiva da Órama Investimentos é de continuidade desse cenário para a semana do Carnaval. O mercado local só volta a abrir na quarta-feira (22) na parte da tarde, a partir do meio-dia. Com apenas dois pregões cheios na semana, os mercados devem voltar do feriado de ressaca.


“Teremos o carnaval, e portanto a expectativa é de que seja uma semana sem muitos acontecimentos”, afirmam os analistas da Órama.


A agenda de indicadores deve ser mais fraca no Brasil, mas ainda assim com destaque para o IPCA-15 na sexta-feira (24). O mercado projeta uma alta de 0,49% na margem do índice ou 5,35% no acumulado em 12 meses.


*Money Times 

Como investir em ações? Guia completo para a Bolsa de Valores

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Todo mundo que tem planos financeiros de longo prazo deve pensar em investir em ações na Bolsa de Valores. 

Alsorsa.News | Como investir em ações? Guia completo para a Bolsa de Valores

Isso porque, ao longo dos anos, o investimento no mercado de ações feito da forma certa teria tido resultados amplamente superiores aos da renda fixa. E isso considerando mesmo o método mais simples e básico de investimento: o direto no Ibovespa


Esse investimento garantiu um retorno composto médio de 7.09% a.a. entre 1975 e 2020, mais do que os 6.25% a.a. da SELIC no mesmo período. Portanto, se você pretende ter uma rentabilidade de longo prazo alta o suficiente para multiplicar o seu patrimônio e assegurar uma boa aposentadoria, deve começar a aprender sobre a Bolsa. 


E este guia foi criado justamente para acrescentar mais conhecimento. Trata-se de um material quase tão completo quanto um curso, que vai te ensinar tudo que você precisa entender para começar a investir em ações com sucesso! 


Então, acompanhe nessa aula que vai mudar sua vida financeira para sempre! 


Passo #1 - Por que investir em ações? 

Um dos princípios fundamentais que todo bom investidor deve seguir é o da clareza. E isso não é importante apenas na hora de investir de fato, mas também antes de investir um centavo sequer. É para isso que serve a Fórmula 1.5+. 


Para aplicá-la, o investidor deve dividir seus objetivos por prazo para conquista. A divisão deve ser feita em curto (até 1 ano), médio (entre 1 e 5 anos) e longo prazo (mais de 5 anos). Por isso o nome 1.5+. 


Então, esse é seu primeiro exercício: liste todos os seus objetivos de vida. Pode ser uma viagem, uma reforma na casa, um computador novo ou mesmo a sua independência financeira. 


Em seguida, estime o valor financeiro aproximado (a dinheiro de hoje) que seria necessário para cada objetivo, e prazo no qual você quer conquistá-los. Assim, vai saber quanto de seu patrimônio atual pode destinar aos seus objetivos de longo prazo! 


Lembre-se: você deve investir em ações apenas o seu dinheiro para objetivos de longo prazo (mais de 5 anos)! 


Passo #2 - Quanto eu posso investir em ações? 

Agora que você já tem uma noção melhor dos seus objetivos de longo prazo, e do valor necessário para eles, o próximo passo é definir quanto do seu dinheiro para o longo prazo você pode investir no máximo em ações! 


Isso mesmo: não é só porque você está investindo para o longo prazo que pode simplesmente colocar todo este dinheiro na Bolsa. É preciso fazer um cálculo com base em sua capacidade de assumir riscos. Isso porque ser feito a partir da fórmula simples de tolerância ao risco abaixo: 


$ para investir em ações = $ para o longo prazo x (2 x % Tolerância ao Risco) 


A premissa básica dessa fórmula é que, se diversificar bem sua carteira de ações, a queda máxima dela em um cenário de estresse tende a ser de 40%. No entanto, vamos considerar 50% para esse cálculo, para sermos mais conservadores. É uma fórmula bem simples que diz o seguinte: 


"Você pode investir em ações o dobro do que você tolera ver sua carteira cair, pois dificilmente a parte de ações de sua carteira cairá mais do que 50%". 


Por exemplo: se você tem R$ 10.000 para investir e está disposto a ver sua carteira cair no máximo 15%, a fórmula ficaria assim: 


$ para investir em ações = 10.000 x (2 x 0,15) < - lembre-se de usar a porcentagem em forma decimal 

$ para investir em ações = 10.000 x 0,3 

$ para investir em ações = 3.000 


Ou seja, você poderia investir em ações 3.000, e deveria colocar os outros 7.000 em ativos mais seguros de longo prazo, como na renda fixa! Isso é muito simples de calcular, e vai te dar uma segurança muito maior na hora de investir em renda variável! 


Passo #3 - Como investir minha reserva de emergência 

Antes de investi em renda variável, é essencial ter uma reserva de emergência formada e investida. Essa é aquela reserva monetária que você deve guardar para o caso de alguma emergência grave que demande bastante dinheiro, ou para o caso de você ter que largar seu emprego. 


Também chamada de Colchão de Liquidez, o montante de sua reserva deve consistir de 3 a 12 meses de seus gastos mensais médios. 


Esse montante depende do quão difícil é para você recuperar um fluxo de renda caso perca o seu atual. Seu colchão de liquidez deve estar investido em um ativo com as seguintes características: 

● Renda Fixa 

● Com o mínimo de risco possível 

● Com liquidez diária (ou no máximo em D+1) 

● Que suba todo dia um pouco 

Você não deve nunca investir sua reserva de emergência em ativos de renda variável, ou com amplo risco envolvido. 


Também não deve investi-la em ativos nos quais ela pode ficar "presa". Se você um dia precisa sacá-la, é bem possível que precise desse dinheiro rápido. E, finalmente, é sempre importante lembrar: você não está procurando por grandes rendimentos para seu colchão de liquidez. 


A ideia desse investimento é apenas postergar seu consumo, e manter esse dinheiro seguro e rendendo para que você possa utilizá-lo caso seja emergencialmente necessário. E, observando todos esse pontos, temos 4 recomendações principais para investimentos para sua reserva de emergência: 

● Tesouro Selic 

● CDB (com liquidez diária) 

● Fundo DI (com taxa de ADM de 0,3% ou menos) 

● NuConta 


Passo #4 - Entender o básico da Bolsa de Valores 

Antes de começar a investir em ações, é importante também entender bem algumas noções básicas da Bolsa de Valores, como: 


O que é a Bolsa de Valores? É um ambiente organizado e regulamentado onde investidores podem comprar e vender ações entre outros ativos mobiliários. 


Por que empresas emitem ações? Para captação de capital. Empresas, quando precisam de capital para algum plano, podem recorrer a terceiros, contraindo dívidas, ou vender parte de seu negócio na Bolsa em um processo chamado de IPO


O que é uma ação? Imagine uma casa. Qual a menor parte desta casa? É um tijolo dela. Agora imagine que a casa é uma empresa e o tijolo uma ação. Ações são a menor parte do capital social de uma empresa! 


Por que os preços das ações variam? Como disse um dos pais do Vallue Investing, Benjamin Graham: 


"A Bolsa, no curto prazo o mercado é como uma urna de sentimentos, e no longo prazo, como uma balança" 


Ou seja, no curto prazo as oscilações dos papeis se devem ao otimismo ou pessimismo dos investidores. Já no longo prazo, é o valor real das empresas por trás das ações que dita seus prelos. 


Esses são apenas alguns dos conhecimentos básicos que você deve ter antes de começar a investir na Bolsa de Valores. É sempre bom continuar estudando para ampliar seus conhecimentos ao longo do tempo. Isso deixará sua jornada como investidor bem mais tranquila. 


Passo #5 - Entender os múltiplos de ações básicos 

É importante que você entenda pelo menos o básico dos múltiplos de ações antes de começar a investir nelas. Esses são os indicadores utilizados para transmitir algumas informações importantes sobre ações através de números. Confira 9 deles para que você entenda bem antes de começar a investir: 


1. P/L (Preço por Lucro) 

É a relação do prelo da ação pelo lucro da ação. Indica o quão barata a ação está em relação ao seu desempenho no último ano. 


2. P/VPA (Preço por Valor Patrimonial da Ação) 

Preço da Ação dividido pelo Valor Patrimonial Líquido por ação. Informa quanto o mercado está disposto a pagar sobre o Patrimônio Líquido da empresa. 


3. Ev (Enterprise Vallue - Valor da Empresa) 

É o valor total da empresa, que corresponde ao valor de mercado da mesma somando-se as dívidas e subtraindo-se o caixa dela. Representa quanto você precisaria pagar para comprar a companhia inteira a dinheiro de hoje, pagando suas dívidas e ficando com seu caixa. 


4. Ebit (Earnings Before Interest and Taxes - Resultado Líquido) 

É o resultado operacional da empresa antes de considerar juros e impostos. 


5. Ev/Ebit (Enterprise Value por Ebit) 

É a relação entre o valor total da empresa e resultado operacional da empresa no último período. É a melhor forma de encontrar empresas descontadas no mercado. 


6. ROE (Return ou Equity - Retorno sobre Patrimônio) 

Representa a rentabilidade da empresa em relação ao seu patrimônio. Quanto mais alto, maior o lucro líquido da empresa em relação ao seu patrimônio líquido. 


7. ROIC (Return on Invested Capital - Retorno sobre Capital Investido) 

Indica o retorno da empresa em relação ao capital investido por ela. Quanto mais alta, mais retorno os investimentos feitos pela empresa dão. 


8. Dividend Yiel (Rendimento do Dividendo) 

É a relação entre os dividendos que a ação pagou no último ano pelo preço da ação. Quanto mais alto, mais a ação rendeu em relação ao preço pago pelo investidor por ela. 


9. Dividend Payout (Pagamento de Dividendos) 

É o percentual do lucro da empresa que é distribuído entre os acionistas como dividendos ou juros sobre capital próprio. Quanto mais alto, mais lucros a empresa distribui (e menos reinveste em si mesma). 


Esses são os 9 indicadores básicos que acreditamos que todo investidor deve conhecer. Quando você sentir segurança em seu conhecimento de todos eles, pode seguir adiante. 


Passo #6 - Escolher uma corretora 

Para investir em ações, é sempre necessário ter conta numa corretora. Ela age como uma "ponte" entre você e a Bolsa de Valores, permitindo que você compre e venda ativos na B3 com facilidade. 


E a escolha da corretora é, infelizmente, algo que trava muitos investidores logo no começo. Eles ficam na dúvida: "Mas qual a melhor corretora?" 


Podemos te falar que isso não existe, e você não deve perder tempo procurando isso. Nossa recomendação é apenas que você pare durante 1h de sua vida, e estude as maiores opções de mercado. Depois disso, simplesmente escolha, sem drama e demora, uma que: 

1• Seja credenciada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliário) 

2• Tenha taxas e custos que você se sente confortável pagando 

3• Tenha uma boa reputação no ReclameAqui 

Se a corretora que você escolheu cumprir esses 3 requisitos, ela já será boa o suficiente para você. 


Dica: não perca tempo procurando a melhor opção possível. Escolha uma que te deixa confortável e que vai permitir que você invista logo. 


Passo #7 - Estratégia para investir em ações 

O próximo passo essencial para investir corretamente em ações é escolher uma estratégia que você entende e que vai conseguir aplicar em sua carteira. Existem dezenas de estratégias de investimento em ações, baseadas em vários fatores, como: 

● P/L 

● P/VPA 

● Ev/Ebit 

● Fluxo de Caixa Descontado 

● Dividend Yield 

● entre outros. 

De qualquer forma, o essencial é que você siga uma estratégia que você entende e que te dê clareza quantitativa de quando comprar ou vender uma ação. 


Passo #8 - Investir em Ações 

O passo número #8 é aquele no qual você vai realmente consolidar seu investimento em ações. É o momento de abrir o seu Home Broker e comprar suas ações ou ETFs - dependendo de sua estratégia - com o dinheiro para longo prazo que sua tolerância ao risco permite que você invista na Bolsa. 


Muita atenção para não cometer erros operacionais, e recomendamos que salve informações importantes de seus investimentos em uma planilha, como: 

● Ações compradas 

● Data de compra 

● Preço de compra 

● Quantidade de cotas 

● Taxa de corretagem 

● Emolumentos e taxas da B3 pagos 

Além disso, recomendo que você baixe as notas de corretagem para facilitar na declaração do Imposto de Renda. Faça esses controles toda vez que for investir em ações - ou qualquer outro tipo de ativo. 


Passo #9 - Aportes e Rebalanceamentos - Fazendo a manutenção de sua carteira 

Agora que você já adquiriu todos os conhecimentos básicos necessários para investir em ações e fez seus investimentos, pode estar achando que a parte mais importante já passou. A parte mais importante dos investimentos - sejam eles em ações ou em qualquer outro tipo de ativo - é manter sua carteira seguindo em frente. 


"Para fazer um bom churrasco, não adianta ter o melhor assador, os melhores cortes de carne e os melhores temperos se faltar... carvão" 


E, nos investimentos, os aportes são o carvão. Por isso, recomendamos que separe uma parcela de sua renda mensal para aportar - ou seja, adicionar ao valor que já tem investido - para manter sua carteira crescendo. 


Uma forma de fazer isso é o Pay Yourself First, ou seja, quando receber a sua renda mensal, separar imediatamente uma parcela dela (como 15% por exemplo) para investir para seu futuro, antes de gastar em qualquer outra coisa. 


Além dos aportes, uma boa carteira deve rebalanceada periodicamente. Rebalancear a carteira significa vender os ativos que subiram e comprar mais dos que caíram. Sejam ele extraclasse, como rebalancear as proporções de ações, Flls, ações americanas; ou intraclasse, como o rebalanceamento das próprias ações para mantê-las proporcionais na carteira. 


Recomendamos que esse rebalanceamento seja feito de 3 em 3 meses, de preferência, mas você pode optar por fazê-lo de 6 em 6 ou 12 em 12 meses. Porem, não deixe de rebalancear a sua carteira. Isso é importantíssimo para manter seus ganhos a longo prazo. 


O caminho para o investimento de sucesso na Bolsa de Valores 

Quando passar por todos os pontos deste guia, você vai poder se considerar um Investidor da Bolsa de Valores. Mas, para ter sucesso nesta caminhada, é importante seguir trabalhando. 


Aportar regularmente (inclusive aumentando sua renda e seus aportes), seguir sua estratégia com disciplina, reconhecer que renda variável pode cair, e que sua carteira não vai ir bem sempre. 


Essas são apenas algumas das coisas que você deve manter em mente. Mas, se você se mantiver no caminho certo, sua Independência Financeira vai ser muito tranquila. 


Reflita: Investir na sua educação contínua e acreditar na sua capacidade de se transformar para melhor. Foque no seu alto desempenho. Se gostou do artigo, curta e compartilhe conhecimento. Gratidão por ler até aqui... 

Azul (AZUL4) despenca e anota maior queda do Ibovespa na semana com renegociação de dívidas e rebaixamento de nota de crédito

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20 de fev. de 2023

A companhia aérea recuou mais de 11% na última semana e registrou a maior queda do principal índice acionário brasileiro no período

Imagem: Shutterstock

O caso Americanas (AMER3) — que começou com a descoberta de um rombo contábil bilionário e terminou com um pedido de recuperação judicial — deixou o mercado mais cauteloso com as perspectivas para as empresas brasileiras. Ainda mais com aquelas que estão endividadas, como é o caso da Azul (AZUL4).


A companhia aérea recuou mais de 11% na última semana e registrou a maior queda do Ibovespa no período. O mau desempenho ocorreu em um momento no qual ela busca renegociar a dívida que acumulou nos últimos anos e sofreu novo rebaixamento em sua avaliação de crédito.


Confira abaixo como ficou a ponta negativa do principal índice acionário brasileiro:

Alsorsa.News | Azul (AZUL4) despenca e anota maior queda do Ibovespa na semana com renegociação de dívidas e rebaixamento de nota de crédito

Já entre as maiores altas o destaque ficou as ações da Hapvida (HAPV3). A companhia, considerada "líquida e barata" pelos analistas, foi beneficiada pelo forte fluxo de capital estrangeiro registrado na B3 nesta semana e também pelo otimismo generalizado com o setor de saúde.


Veja as maiores altas do Ibovespa na semana:

Alsorsa.News | Azul (AZUL4) despenca e anota maior queda do Ibovespa na semana com renegociação de dívidas e rebaixamento de nota de crédito


Dívidas e risco de calote derrubaram Azul (AZUL4)

De volta à Azul, a empresa tem de pagar R$ 3,8 bilhões aos arrendadores de aviões e R$ 700 milhões aos bancos em 2023, segundo fontes do mercado.


Do total devido, R$ 3,2 bilhões são referentes ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões ao valor postergado durante a pandemia. Segundo pessoas próximas às conversas, a intenção é fechar um acordo ainda nesta semana.


Em tratativas com investidores, a companhia já havia sinalizado a intenção de levantar capital no mercado financeiro para aliviar sua situação.


A dificuldade para acessar investimentos, porém, levou a Azul a renegociar com arrendadores e bancos. A Seabury Capital, empresa americana que trabalha com a aérea há alguns anos, está à frente das renegociações.


O acordo que vem sendo negociado envolve não apenas o pagamento do aluguel dos aviões deste ano, mas também o dos próximos: há uma tentativa para reduzir o valor anual.


Além disso, a aérea também sofreu um novo rebaixamento em sua avaliação de crédito. Depois da Fitch colocá-la perto do nível de calote, a Moody's também desceu o rating da companhia de 'B3' para 'Caa2', com perspectiva negativa.


"O rebaixamento do CFR da Azul para reflete o maior risco de liquidez da empresa e as consideráveis necessidades futuras de refinanciamento", afirmou a agência de classificação de risco em comunicado.


*Seu Dinheiro 

Como investir e ganhar dinheiro na Bolsa de Valores – Bovespa – Lição 1

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15 de fev. de 2023

É possível ganhar muito dinheiro na Bolsa de Valores, mas é preciso correr riscos; vale a pena

Alsorsa.News | Como investir e ganhar dinheiro na Bolsa de Valores – Bovespa – Lição 1

No texto de hoje quero começar a ensinar –ou melhor, dar dicas– de como você, um investidor comum, pode ganhar dinheiro investindo na Bolsa.


Repito: se você quer ganhar MUITO dinheiro você tem poucas opções na vida:


1 ● você poder herdar dinheiro de um parente rico;

2 ● você pode ganhar na Mega Sena ou em alguma outra loteria;

3 ● Você pode ter uma ideia genial, produzir e lucrar muito;

4 ● ou, por fim, você pode investir na Bolsa de Valores

A primeira coisa que você deve fazer caso queira investir na Bolsa (não estou dizendo que não pode fazer as outras opções), é solicitar ao (à) gerente do seu banco seu cadastro  como um, digamos, SelfBroker (um investidor independente).


Com isso você vai poder fazer todas as operações de sua própria casa, em seu próprio laptop.


Esse cadastro é simples, mas é algo que pode demorar alguns dias, então recomendo que faça isso antes mesmo de continuar a ler estes textos.


QUEM DEVE INVESTIR NA BOLSA

Se você não tem nenhuma paciência, voluntariedade ou talento para acompanhar o mercado, pode parar de ler este texto. Nesse caso, seu lugar não é a Bolsa e eu não posso ajudá-lo.


Mas, se ao contrário, você aceita correr algum risco em nome de lucros vultosos, continue.


A primeira coisa que você deve saber é que, de todos os investimentos tradicionais, o único que pode levar você a ter lucros realmente relevantes é a Bolsa.


E se você acha que vale a pena a correr algum risco –como eu fiz–, então tenha a paciência e a atenção de um caçador, porque a qualquer momento uma grande oportunidade pode se abrir a você –como se abriu a mim.


Minha sugestão neste segundo texto sobre investimentos é, portanto:


Faça seu cadastro como broker independente

Defina uma quantidade X de dinheiro para que você possa fazer operações (comprar ações). Essa quantia deverá ter baixa automática, para que você possa fazer uma compra imediatamente em sua casa (como broker)


QUANTO INVESTIR

Você decide quanto e quanto investir, mas minha sugestão de investimento mínimo é R$ 10 mil.


Pessoalmente acho que essa é uma quantia que você pode realmente “sentir” se vale a pena (ou não).


Além disso, lembro que se você movimentar até R$ 20 mil (em lucros), você estará isento de pagar Imposto de Renda (mais de R$ 20 mil haverá uma taxação de 15%).


COMO ESCOLHER ONDE INVESTIR

Minha sugestão é que a primeira coisa que você deve fazer é entrar na lista das ações que são negociadas na Bovespa  e escolher 20 empresas que você admira.


A princípio, use sua intuição. Faça essa escolha de forma totalmente intuitiva. A lista constante no link acima vem por ordem alfabética.


Escolha ao menos 20 empresas que você –independentemente do motivo– admira e anote o nome delas (e seu código na Bovespa). A partir daí começará a segunda etapa, a qual darei dicas no próximo texto.


Investir na Bolsa é muito mais simples e seguro do que você pensa ou do que já te falaram, ou do que você já leu por aí. mas isso vai depender de sua atenção, interesse em se informar e respeito ao seu próprio dinheiro.


GOOGLE É SUA MAIOR FERRAMENTA

Usando apenas o Google, digite o nome das empresas que você elegeu, uma a uma, e passe a ler sobre elas sempre que puder na imprensa tradicional.


O velho e bom site Wikipedia provavelmente trará boas informações iniciais sobre essas empresas. No campo de “ferramenta de pesquisa” do Google, clique em “notícias” e depois reduza as buscas, em cada uma delas, para “no último ano”, “no último mês” e “nas últimas 24 horas”. É muito fácil.


Leia tudo que puder a respeito dessas empresas não só no Google, mas também em imprensa especializada, e depois comece a excluir as que tiverem más ou suspeitas informações.


Da sua lista de 20 empresas, sugiro que mantenha no final apenas 10.


Então se prepare para a segunda fase antes de você se tornar um investidor da Bovespa.


No próximo texto vamos continuar a servir de guia para seus investimentos.


*Ooops 

Mercado Financeiro ignora mudanças na Defesa e dólar cai

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31 de mar. de 2021

 De acordo com especialistas, "dança das cadeiras" motivou mais compras do que vendas na Bolsa

Gráfico ilustrativo Imagem: Pixabay

Nesta terça-feira (30), um dia marcado por ruídos gerados pela troca de comando das Forças Armadas, a Bolsa de Valores subiu e o dólar teve ligeira queda, indo na contramão do mercado internacional, que fechou o dia em terreno negativo. A B3 encerrou o pregão com alta de 1,24%, em 116.849 pontos. O dólar caiu 0,08%, cotado em R$ 5,76.

O Ministério da Defesa anunciou a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).

O mercado subiu logo no dia seguinte às trocas ministeriais feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e com dados de criação de emprego acima do esperado.

De acordo com André Perfeito, economista-chefe da Necton, a mudança nas Forças Armadas não implica grandes alterações de curto prazo, por isso o mercado não reage à notícia.

– Não dá para dizer que Bolsonaro perdeu sua influência sobre as Forças Armadas, e mesmo que tenha perdido, militar não tem voto no Congresso. O mercado está mais interessado em saber se vão ser aprovadas as reformas ou não, e aparentemente Bolsonaro se aproximou do centrão – disse.

Na visão de especialistas, apesar das incertezas relacionadas às mudanças nas Forças Armadas, o mercado preferiu enxergar na reforma ministerial relâmpago, feita na segunda-feira (29), a chance de melhorar a governabilidade de Jair Bolsonaro.

QUADRO GERAL ATUAL
Ibovespa sobe 1,24%, em 116.849 pontos
Dólar comercial cai 0,08% e é negociado em R$ 5,76
EUA: Dow Jones recua 0,31%, S&P 500 cai 0,32% e Nasdaq tem queda de 0,11%

Fonte: Pleno News

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