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Gastronomia

Gastronomia

gastronomia (do grego gastronomĂ­a) Ă© um ramo de conhecimento que abrange a culinĂ¡ria, as bebidas, os materiais usados na alimentaĂ§Ă£o[1] e, em geral, todos os aspectos culturais a ela associados.[2] Um gastrĂ´nomo (gourmet, em francĂªs) pode ser um(a) cozinheiro(a), mas pode igualmente ser uma pessoa que se preocupa com o refinamento da alimentaĂ§Ă£o, incluindo nĂ£o sĂ³ a forma como os alimentos sĂ£o preparados, mas tambĂ©m como sĂ£o apresentados. Por exemplo, pode se preocupar com o vestuĂ¡riomĂºsica ou dança que acompanham as refeições.

Um crĂ­tico gastronĂ´mico autografa livro de sua autoria sobre gastronomia.

HistĂ³ria

prazer proporcionado pela comida Ă© um dos fatores mais importantes da vida depois da alimentaĂ§Ă£o de sobrevivĂªncia. A gastronomia nasceu desse prazer e constituiu-se como a arte de cozinhar e associar os alimentos para, deles, retirar o mĂ¡ximo benefĂ­cio. Cultura muito antiga, a gastronomia esteve na origem de grandes transformações sociais e polĂ­ticas. A alimentaĂ§Ă£o passou por vĂ¡rias etapas ao longo do desenvolvimento humano, junto com a evoluĂ§Ă£o do estĂ¡gio de nĂ´made caçador ao de homem sedentĂ¡rio, quando este descobriu a importĂ¢ncia da agricultura e da domesticaĂ§Ă£o dos animais.

A fixaĂ§Ă£o Ă  terra trouxe uma maior abundĂ¢ncia de comida, o que provocou um aumento demogrĂ¡fico, que, por sua vez, levou a um esgotamento dos recursos e Ă  consequente migraĂ§Ă£o para novos locais a explorar. Houve apenas duas importantes excepções na histĂ³ria antiga: o Egito e a MesopotĂ¢mia, devido Ă  fertilidade trazida pelas Ă¡guas dos rios NiloTigre e Eufrates, que se mantiveram constantes ao longo dos anos.

A riqueza proporcionada pela abundĂ¢ncia trouxe a curiosidade pela novidade e pelo exotismo. O homem teve, entĂ£o, necessidade de complementar a sua dieta com alimentos que localmente nĂ£o tinha, dando origem ao comĂ©rcio levado a cabo por alguns homens que continuaram nĂ´mades para que muitos outros se pudessem fixar Ă  terra. O homem que viajava, o comerciante, nĂ£o sĂ³ levava aquilo que faltava numa regiĂ£o como introduzia, nesta, novos alimentos, criando necessidades imprescindĂ­veis ao desenvolvimento do seu negĂ³cio. O transporte de alimentos provocou a necessidade de aditivos: por exemplo, o aroma da resina de alguns actuais vinhos gregos foi induzido pelo fato de se utilizar a resina em tempos remotos para tratar os odores de cabra que o vinho continha.

A humanidade cedo se percebeu das virtudes da associaĂ§Ă£o de certas plantas aromĂ¡ticas aos alimentos para lhes exaltar o sabor, contribuir para a sua conservaĂ§Ă£o e permitir uma melhor e mais saudĂ¡vel assimilaĂ§Ă£o por parte do corpo. Muitas guerras se fizeram pela apropriaĂ§Ă£o de recursos alimentares, que, de uma forma geral, sĂ£o escassos e conferem poder a quem domina a gestĂ£o desses recursos. A tĂ­tulo de exemplo, a busca das especiarias foi um dos factores que contribuĂ­ram para a Era dos Descobrimentos.

A arte do prazer da comida motivou gĂªnios como Leonardo da Vinci, inventor de vĂ¡rios acessĂ³rios de cozinha (como o cĂ©lebre "Leonardo" para esmagar alho), de regras de etiqueta Ă  mesa, para alĂ©m de novas receitas. Precursor da nouvelle cuisine française, Da Vinci fundou, com outro sĂ³cio, o restaurante "A Marca das TrĂªs RĂ£s" em Florença. A gastronomia despertou curiosas sensibilidades em mĂºsicos como Rossini e em escritores portugueses e estrangeiros. Camilo Castelo Branco era avesso a descrições mas nĂ£o resistiu a descrever um saboroso caldo verde, enquanto que Eça de QueirĂ³s tem inĂºmeras menções a restaurantes nas suas obras. O culto dos prazeres da mesa chegou ao ponto de fazer com que os aficcionados se juntassem em associações gastronĂ³micas como a belga "Ordre des AgathopĂ©des" em 1585, a francesa "ConfrĂ©rie de la Jubilation" ou o portuguĂªs "Clube dos Makavenkos" em 1884, para alĂ©m de exemplos mais recentes como o Slow Food, que, em reacĂ§Ă£o ao Fast Food, tem, como sĂ­mbolo, um caracol.

O primeiro tratado sobre gastronomia foi escrito por Jean Anthelme Brillat-Savarin, um gastrĂ´nomo francĂªs que, em 1825, publicou a "Fisiologia do Paladar", cujo tĂ­tulo completo em francĂªs Ă© Physiologie du GoĂ»t, ou MĂ©ditations de Gastronomie Transcendante; ouvrage thĂ©orique, historique et Ă  l'ordre du jour, dĂ©diĂ© aux Gastronomes parisiens, par un Professeur, membre de plusieurs sociĂ©tĂ©s littĂ©raires et savantes. Por este tĂ­tulo, que, em portuguĂªs, poderia ser traduzido como "Fisiologia do Paladar ou Meditações sobre a Gastronomia Transcendental, obra teĂ³rica, histĂ³rica e actual, dedicada aos GastrĂ´nomos parisienses, por um Professor, membro de vĂ¡rias sociedades literĂ¡rias e cientĂ­ficas", pode considerar-se a gastronomia como uma ciĂªncia ou uma arte.



















































 

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