Usuários poderão testar IA do Google que teria ganhado sentimentos

 

A LaMDA 2, inteligência artificial do Google que teve algumas de suas novidades anunciadas durante o I/O 2022, em maio, agora também está recebendo cadastros de usuários interessados em conversar com o chatbot que tem dado o que falar. Mais do que suas capacidades tecnológicas, a máquina virou manchete após o Google ter afastado um engenheiro que acusava a empresa de ferir a ética robótica ao produzir uma IA que teria "ganhado vida", com sentimentos — e tudo mais que um dia se teme que aconteça.

Sobre o caso, o Google acredita em grande parte que os sistemas já são avançados o suficiente para imitarem as conversas e os jeitos humanos, mas daí para ter sentimentos, há uma grande distância. O LaMDA, um modelo de processamento de linguagem natural (NLP), deve melhorar seus assistentes de IA de conversação e tornar as conversas mais naturais. Assistentes de voz como Siri ou Alexa são exemplos proeminentes de tecnologias do tipo, pois podem traduzir a fala humana em comandos.

Agora, a empresa quer feedback do público e está abrindo inscrições para quem quiser ser um dos primeiros a interagir com a novidade. Os usuários que se cadastrarem no programa beta do LaMDA poderão interagir com esta IA em um ambiente controlado e monitorado.

Os usuários de Android nos EUA serão os primeiros usuários a poderem se registrar, e o programa será expandido para usuários de iOS nas próximas semanas. Este programa experimental oferece algumas demonstrações para usuários beta para demonstrar as capacidades do LaMDA.

A primeira demonstração se chama "Imagine It", que permite aos usuários nomear um lugar e, daí, a máquina oferece caminhos para explorar sua imaginação. A segunda demonstração é chamada de "List It", na qual os usuários podem compartilhar um objetivo ou tópico e, em seguida, dividi-lo em uma lista de subtarefas úteis. Finalmente, a última demonstração é "Talk About It (Dogs Edition)", que permite conversas abertas sobre cães entre usuários e chatbots.

Apesar dos testes, o Google avisa que o sistema, naturalmente, não é impecável, e tampouco fica livre das falhas típicas da linguagem humana. “O modelo pode entender mal a intenção por trás dos termos de identidade e às vezes não consegue produzir uma resposta quando eles são usados ​​porque tem dificuldade em diferenciar entre prompts benignos e contraditórios. Também pode produzir respostas nocivas ou tóxicas com base em preconceitos em seus dados de treinamento, gerando respostas que estereotipam e deturpam as pessoas com base em seu gênero ou origem cultural”, afirma a empresa em nota.

As inscrições podem ser feitas pelo portal AI Test Kitchen, do Google.

*Tudo Celular