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Na corrida por chips de IA, Google descobre segredo valioso

Na corrida por chips de IA, Google descobre segredo valioso

Os pesquisadores do Google Deepmind acharam uma forma melhor de projetar chips de computador – e ela usa IA

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Pesquisadores do Google DeepMind descobriram um mĂ©todo mais eficiente e automatizado de projetar chips de computador usando IA (inteligĂªncia artificial).


Para quem tem pressa:

Na corrida por chips de IA, o Google DeepMind usa a tecnologia para projetar semicondutores especializados;

O laboratĂ³rio de pesquisa da Alphabet disse que quer tornar o design de chips especializado mais rĂ¡pido;

Ainda de acordo com o DeepMind, seu objetivo também é deixar o design menos dependente apenas de engenheiros humanos;

A abordagem do DeepMind abre uma nova direĂ§Ă£o “muito interessante” para resolver o problema clĂ¡ssico do desenvolvimento de chips, segundo um especialista.


Graças a esse novo mĂ©todo, a Alphabet, empresa controladora do laboratĂ³rio, disse que poderia melhorar seu prĂ³prio chip de IA especializado.


O foco na construĂ§Ă£o de chips mais rĂ¡pidos e eficientes ocorre quando pesos pesados ​​​​de semicondutores – por exemplo: Nvidia e AMD – correm para fornecer o poder de computaĂ§Ă£o para a crescente demanda das empresas por recursos de IA generativa.


No entanto, gigantes da computaĂ§Ă£o em nuvem, como Google e Amazon, tambĂ©m vem projetando seus prĂ³prios chips de IA e apostando que seu hardware domĂ©stico pode ser mais rĂ¡pido e mais barato de operar do que a concorrĂªncia.


IA no Google 

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(Imagem: kovop/Shutterstock)

O Google disse que estĂ¡ explorando o uso de seus “Ăºltimos avanços de IA” para melhorar seus chips de IA personalizados, chamados Unidades de Processamento Tensor ou TPUs.


A IA estĂ¡ melhorando tudo o que fazemos, como composiĂ§Ă£o, compreensĂ£o, codificaĂ§Ă£o e robĂ³tica, e o mesmo estĂ¡ se tornando realidade com o design de hardware.


Porta-voz do Google"


Para a DeepMind, com sede em Londres, o objetivo de usar tĂ©cnicas de IA Ă© tornar os sistemas de computaĂ§Ă£o (desde recursos de rede a data centers e chips) mais eficientes e sustentĂ¡veis, disse Vinod Nair, cientista da DeepMind.


“Como a sociedade estĂ¡ se tornando cada vez mais digital, precisamos de chips cada vez mais poderosos e especializados para vĂ¡rias aplicações”, acrescentou.


Chips melhores

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(Imagem: dexmac/Pixabay)

O pensamento tradicional em melhorar o desempenho do chip depende de uma noĂ§Ă£o de computaĂ§Ă£o conhecida como Lei de Moore, na qual aproximadamente a cada dois anos o nĂºmero de transistores em um chip dobra.


No entanto, alguns especialistas dizem que, Ă  medida que os transistores atingem seus limites fĂ­sicos, os ganhos de desempenho virĂ£o do design de chips menores e especializados.


Aplicações – por exemplo, ChatGPT, drones e carros autĂ´nomos – agora rodam em chips focados em tarefas, como processadores de sinais digitais e os cobiçados processadores grĂ¡ficos da Nvidia.


A abordagem baseada em IA da DeepMind, na qual começou a trabalhar hĂ¡ cerca de 18 meses, concentra-se em fazer melhorias na sĂ­ntese lĂ³gica.


Essa fase de design do chip envolve transformar uma descriĂ§Ă£o do comportamento de um circuito no circuito real.


Chips de computador sĂ£o compostos de milhões de circuitos lĂ³gicos ou “blocos de construĂ§Ă£o”, explicou Sergio Guadarrama, engenheiro de software sĂªnior da DeepMind.


Embora seja fĂ¡cil otimizar alguns deles manualmente, Ă© impossĂ­vel lidar com milhões deles, acrescentou o engenheiro.


Objetivo (e segredo) do Google

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(Imagem: YueStock/ Shuttertock)

Ao aplicar IA para acelerar o projeto de circuitos lĂ³gicos, o objetivo da DeepMind Ă© tornar o projeto de chips especializados mais automatizado, eficiente e menos dependente apenas do trabalho de engenheiros de hardware humanos.


Essa Ă© uma diferença de milhares de designs gerados por IA numa semana, em comparaĂ§Ă£o com um design produzido por um ser humano em poucas semanas, disse Guadarrama.


A chave para o avanço da DeepMind Ă© o uso de deep learning (“aprendizado profundo”), uma tĂ©cnica para classificar padrões usando grandes conjuntos de dados de treinamento e redes neurais de IA.


Em outras palavras, Ă© uma maneira das mĂ¡quinas aprenderem com dados vagamente modelados da maneira como um cĂ©rebro humano aprende a resolver problemas.


O laboratĂ³rio de IA aplicou a mesma tĂ©cnica Ă  biologia, culminando no anĂºncio, em 2022, de que seu algoritmo AlphaFold havia previsto a estrutura de quase todas as proteĂ­nas conhecidas.


Para o design do chip, a DeepMind usou uma abordagem que chama de “redes neurais de circuito”, permitindo aos pesquisadores “moldar o problema para parecer que estamos treinando uma rede neural, mas na verdade estamos projetando um circuito”, disse Nair.


Resultados

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(Imagem: ArtificialOG/Pixabay)

Em junho, a abordagem da DeepMind venceu um concurso de programaĂ§Ă£o focado no desenvolvimento de circuitos menores por uma margem significativa.


O salto demonstrou melhoria de eficiĂªncia de 27% em relaĂ§Ă£o ao vencedor de 2022 e uma melhoria de eficiĂªncia de 40% em relaĂ§Ă£o ao segundo colocado de 2023, disse Alan Mishchenko, pesquisador da Universidade da CalifĂ³rnia e organizador do concurso.


Os resultados da equipe DeepMind foram uma espĂ©cie de “momento Eureka”, indicando que a sĂ­ntese lĂ³gica tem muito mais progresso a fazer, disse Mishchenko.


A pesquisa dele se concentra na sĂ­ntese lĂ³gica computacionalmente eficiente. Tal como acontece com outras descobertas cientĂ­ficas, Mishchenko disse que Ă© provĂ¡vel que, dentro de alguns anos, pesquisadores e acadĂªmicos usem os resultados do DeepMind para impulsionar o campo.


David Pan, professor de engenharia elĂ©trica e de computaĂ§Ă£o na Universidade do Texas, em Austin, e consultor da X, uma empresa da Alphabet, disse que, embora existam ferramentas de automaĂ§Ă£o de projeto que aceleram e auxiliam esse estĂ¡gio do projeto de chips, essas ferramentas ainda estĂ£o longe de serem ideais.


Os resultados da DeepMind, embora se concentrem em apenas um pequeno aspecto do design do chip, sĂ£o uma etapa fundamental em todo o processo de criaĂ§Ă£o de um chip, disse ele.


A abordagem de aprendizado profundo da DeepMind para sĂ­ntese lĂ³gica abre uma nova direĂ§Ă£o muito interessante para resolver o problema clĂ¡ssico de sĂ­ntese lĂ³gica. As melhorias sĂ£o genĂ©ricas para todos os chips, sejam ASICs especializados ou CPUs ou GPUs.


David Pan, professor de engenharia elĂ©trica e de computaĂ§Ă£o na Universidade do Texas


*Olhar Digital 

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