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Bolsonaro parabeniza novo premiê israelense e garante que “o Brasil não faltará a Israel”

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16 de jun. de 2021

 

Presidente Jair Bolsonaro e o então primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Foto: Alan Santos/PR)

Presidente Jair Bolsonaro e o então primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro elogiou nesta segunda-feira (14) a jornada do ex-primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e parabenizou o novo premiê israelense, Naftali Bennett.

“Agradeço a Benjamin Netanyahu, meu grande amigo, pelo ótimo trabalho que pudemos desenvolver juntos no fortalecimento da parceria entre os nossos países e na promoção do bem-estar dos nossos povos. Tenho certeza que a sorte e o seu imenso talento não lhe faltarão nesta nova etapa”, escreveu Bolsonaro. 

“Também dou as boas-vindas ao novo governo israelense e desejo sucesso ao premiê — Naftali Bennett e ao Ministro das Relações Exteriores Yair Lapid — , parabenizando-os pelo êxito nas eleições e na formação do governo. Estejam certos de que o Brasil não faltará a Israel e aos judeus”, finalizou o presidente.

O governo de 12 anos de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel terminou no domingo (13), quando o parlamento aprovou um novo governo liderado por Naftali Bennett, um judeu ortodoxo de 49 anos e milionário da indústria high-tech.

Segundo o acordo de coalizão, Bennett será substituído como primeiro-ministro em 2023 pelo centrista Yair Lapid, 57 anos, um ex-apresentador de televisão popular em Israel.

O Ministério das Relações Exteriores também emitiu uma nota saudando o novo governo de Bennett. 

“Desde o início do governo Bolsonaro, as relações com Israel foram alçadas a novo patamar de prioridade. Esta aproximação, sem precedentes, estabeleceu as bases para iniciativas estratégicas e ações de longo prazo que têm resultado em parcerias em áreas como ciência e tecnologia, saúde, defesa, segurança pública, entre outras. Do mesmo modo, a coordenação mais estreita entre os dois países nos foros multilaterais assegura posições equilibradas no tratamento de temas de maior sensibilidade para a região", disse em nota.

“O governo brasileiro expressa confiança no contínuo fortalecimento dos laços de amizade que unem Brasil e Israel e continuará trabalhando com o novo governo em favor das relações bilaterais, fundamentadas em vínculos históricos, em benefício dos interesses comuns e do desenvolvimento mútuo”, concluiu.

Fonte: Guia Me 

Após 12 anos de Netanyahu no poder, novo premiê de Israel une direita, esquerda e árabes

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14 de jun. de 2021

 

Benjamin Netanyahu e Naftali Bennett apertam as mãos após votação no Knesset. (Foto: Reuters/Ronen Zvulun)

Benjamin Netanyahu e Naftali Bennett apertam as mãos após votação no Knesset. (Foto: Reuters/Ronen Zvulun)

Publicado em Segunda-feira, 14 Junho de 2021 as 9:16

O governo de 12 anos de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel terminou no domingo (13), quando o parlamento aprovou um novo governo liderado por Naftali Bennett, um judeu ortodoxo de 49 anos e milionário da indústria high-tech.

Com uma margem mínima de vitória, somando apenas 60 votos a 59, a vitória de Bennett coloca fim a um impasse eleitoral em Israel, após quatro eleições inconclusivas em dois anos.

O acordo político formado no parlamento israelense coloca Bennett à frente de uma coalizão que inclui partidos de direita, esquerda e árabes, unidos por seu desejo de tirar Netanyahu do poder.

Netanyahu, de 71 anos, criticou o novo governo  até o momento em que Bennett foi confirmado no Knesset no domingo.

“Lutarei diariamente contra este terrível e perigoso governo de esquerda para derrubá-lo”, disse Netanyahu em um longo discurso no plenário do Knesset. “Com a ajuda de Deus, vai acontecer muito mais cedo do que vocês pensam.”

No entanto, Netanyahu apertou a mão de Bennet após a votação.

O novo governo planeja evitar movimentos radicais em questões internacionais urgentes, como políticas para os palestinos, e se concentrar em reformas domésticas.

Os palestinos preveem que Bennett — um ex-chefe da Defesa israelense que apoia a anexação de partes da Cisjordânia — seguiria a mesma agenda de direita do líder do partido Likud, de Netanyahu.

Segundo o acordo de coalizão, Bennett será substituído como primeiro-ministro em 2023 pelo centrista Yair Lapid, 57 anos, um ex-apresentador de televisão popular em Israel.

A ascensão de Bennett ao cargo de primeiro-ministro surpreendeu o cenário político, já que seu partido de extrema direita, Yamina, conquistou apenas 6 dos 120 assentos do parlamento na última eleição.


Netanyahu em discurso no Knesset em Jerusalém, em 13 de junho de 2021. (Foto: AP/Ariel Schali22)

Segundo a CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro pretende entrar em contato nos próximos dias com Bennett, na tentativa de manter a aliança estratégica entre Brasil e Israel.

Bolsonaro demonstrou disposição em entrar em contato com o novo premiê israelense para parabenizar a sua vitória, informaram integrantes do Palácio do Itamaraty neste domingo (13).

Relação EUA e Israel

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou Bennett e Lapid, dizendo que esperava fortalecer o relacionamento “próximo e duradouro” entre os dois países.

“Meu governo está totalmente comprometido em trabalhar com o novo governo israelense para promover a segurança, estabilidade e paz para israelenses, palestinos e pessoas em toda a região”, disse Biden em um comunicado.

Netanyahu foi o líder mais antigo de Israel, servindo como primeiro-ministro desde 2009, após um primeiro mandato de 1996 a 1999, tornando-se o rosto de Israel no cenário internacional.

Seguindo o apelo de Netanyahu, Bennett pediu que os EUA não retornem ao pacto nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais, um acordo revogado pelo antecessor de Biden, Donald Trump.

“A renovação do acordo nuclear com o Irã é um erro, que daria novamente legitimidade a um dos regimes mais sombrios e violentos do mundo”, disse Bennett ao parlamento. “Israel não permitirá que o Irã seja equipado com armas nucleares.”

Agradecendo a Biden por seus “anos de compromisso com a segurança de Israel” e por “apoiar Israel” durante os combates com militantes do Hamas em Gaza no mês passado, Bennett disse que seu governo buscará boas relações com os democratas e republicanos dos EUA.

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