Twitter pode cair em desuso com a chegada do Threads? Entenda
Elon Musk, dono do Twitter, e Mark Zuckerberg, dono do Facebook, Instagram e Whatsapp
O empresĂ¡rio Elon Musk tem adicionado grandes mudanças ao Twitter desde que assumiu a plataforma no Ăºltimo ano. Desta vez, a rede social limitou a visualizaĂ§Ă£o de publicações para os usuĂ¡rios. Quem possui o selo de verificaĂ§Ă£o tem acesso a atĂ© 10 mil tweets por dia, enquanto nĂ£o verificados e novas contas, respectivamente, poderĂ£o ler 1.000 e 500 postagens em intervalos de 24 horas. A atualizaĂ§Ă£o nĂ£o agradou os usuĂ¡rios da plataforma, que afirmam que o magnata estĂ¡ destruindo o site que se popularizou nos anos 2000. Antes disso, ele chegou a anunciar que o limite seria ainda menor, chegando em 300 tweets para contas recentes e 600 para perfis nĂ£o verificados. Musk se pronunciou alegando que os recursos foram implantados para conter danos. No entanto, na mesma semana, a Meta anunciou o lançamento do aplicativo Threads. Com funcionalidade similar Ă do Twitter, a nova rede social de Mark Zuckerberg Ă© focada no texto e, em menos de uma semana, jĂ¡ conta com mais de 30 milhões de usuĂ¡rios cadastrados.
Diferente do Twitter, o Threads Ă© totalmente gratuito e nĂ£o limita a quantidade de posts vistos por dia. PorĂ©m, a rede nĂ£o possui ferramentas como o “Assuntos do Momento” nem permite encontrar postagens por pesquisa de palavras-chave (apenas perfis). Da mesma forma, o Tweetdeck, recurso popular para a agilidade e viabilidade do uso da versĂ£o desktop da plataforma de Musk, serĂ¡ exclusivo para usuĂ¡rios do Twitter Blue a partir de agosto. A tarifa mensal para fazer parte do serviço exclusivo da plataforma estĂ¡ cotada em R$ 42 (ou no plano anual, por R$ 440). Entre os recursos, tambĂ©m estĂ£o ferramentas como o selo de verificado e a ediĂ§Ă£o de postagens. A insatisfaĂ§Ă£o com as limitações impostas por Elon Musk abriu caminho para novas plataformas. A indiana Koo se popularizou entre brasileiros e foi uma das primeiras alternativas apresentadas no Ăºltimo ano, tambĂ©m com funções similares Ă s do Twitter. A nova BlueSky, criada pelo fundador do Twitter, tambĂ©m pode se tornar uma potencial concorrente. No entanto, apesar de possuĂrem sistemas parecidos, a Threads Ă© a Ăºnica que de fato incomodou Elon Musk. No Twitter, o empresĂ¡rio respondeu tuĂtes sobre suposta censura de Zuckerberg nas plataformas do Meta. “Imagine se todas as redes sociais estivessem sob o controle de Zuck?”, escreveu. “Todo monopĂ³lio de mĂdias sociais Ă© desespero”, continuou.
A preocupaĂ§Ă£o com o novo investimento de Mark Zuckerberg pode fazer sentido, uma vez que o empresĂ¡rio traz hĂ¡ anos recursos de concorrentes para as suas redes sociais. No inĂcio da Ăºltima dĂ©cada, quando o aplicativo Snapchat se tornou uma febre no exterior e tambĂ©m no Brasil, ele tentou adquirir a rede. ApĂ³s a recusa, Zuckerberg implantou no Instagram e no Facebook o recurso “stories”, que diminuiu o uso do Snapchat em diferentes lugares do mundo. Com a chegada do Tiktok, o Instagram tambĂ©m adaptou os formatos para a publicaĂ§Ă£o de vĂdeos na plataforma e os recursos da timeline, a linha do tempo de publicações. Agora, a rede social tem uma ferramenta para sugestĂ£o de criadores de conteĂºdo, nĂ£o mais apenas quem o usuĂ¡rio segue. Com a capacidade da criaĂ§Ă£o de extensões, o Threads deve ser potencialmente o mais forte concorrente contra o Twitter. Ainda que com novas regras, o Twitter estĂ¡ fora do ranking das cinco redes mais acessadas do Brasil e, por isso, mantĂ©m fiĂ©is usuĂ¡rios que a consideram mais restrita.
*Jovem Pan
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