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Com mercado parado, montadoras discutem volta do carro popular

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7 de abr. de 2023

A justificativa atual é a redução das vendas de carros novos como consequência da queda do poder aquisitivo dos consumidores, dos juros elevados e crédito restrito e do alto custo dos modelos com maior tecnologia

Renault Kwid: atualmente, apenas dois carros à venda são considerados de entrada. (Leandro Fonseca/Exame)


O retorno da produção de carros populares - ou de entrada, como são chamados hoje - é um dos temas que o setor automotivo está levando ao governo Lula. Grupo liderado por montadoras, empresas de autopeças e concessionárias já manteve conversas com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado por Geraldo Alckmin.


A justificativa atual é a redução das vendas de carros novos como consequência da queda do poder aquisitivo dos consumidores, dos juros elevados e crédito restrito e do alto custo dos modelos com maior índice de tecnologia e segurança - que têm seu público, mas em menor número entre os consumidores.


O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), José Andreta Júnior, afirmou que o setor precisa de escala; do contrário, não consegue gerar rentabilidade, o que poderia abrir as portas para demissões no setor. Estudo da consultoria S&P Global mostra que as montadoras operam com quase 40% de ociosidade.


Ao divulgar nesta terça-feira o balanço de vendas do trimestre, Andreta disse que "o crescimento do setor tem de vir de baixo para cima e atingir o consumidor que, hoje, não consegue mais comprar carro zero". A Fenabrave tem um banco de dados que será colocado à disposição do governo para "ativar a produção (de carros mais baratos) no Brasil", afirmou ele.


Atualmente, apenas dois carros à venda são considerados de entrada: o Renault Kwid, que custa R$ 68,2 mil, e o Fiat Mobi, a R$ 69 mil.


Conceito 

Na semana passada, Antonio Filosa, presidente na América do Sul da Stellantis - dona da Fiat, da Jeep, da Peugeot e da Citroën - também se mostrou empenhado na volta dos chamados carros populares. Em sua visão, é necessário, primeiro, definir o conceito de carro popular que, para ele, é pequeno, mais simples com menos equipamentos, mas seguro. Para baratear o preço, defendeu a redução de impostos, definir os itens de segurança essenciais e baratear o crédito.


O conceito de carro popular, criado em 1993, estabeleceu alíquota menor de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com motor 1.0. "Mas, hoje, até carro com motor turbo ou aspirado tem motor 1.0", ressaltou o executivo, referindo-se a produtos mais sofisticados.


Segundo Andreta, a ideia é que cada segmento dê sua contribuição como ocorreu com o acordo automotivo feito nos anos 90, mas, acrescentou, ainda não há propostas na mesa.


A discussão sobre a retomada do carro popular ocorre num momento em que montadoras começam a suspender a produção e a dar férias coletivas aos trabalhadores por falta de demanda. Atualmente, há estoques para 40 dias de vendas.


O setor apostava na demanda reprimida nos últimos dois anos para resultados melhores em 2023, mas o juro alto, a inadimplência e a restrição de crédito travaram o mercado.


Embora a venda de automóveis e comerciais leves tenha registrado em março alta de 56%, ante fevereiro (que teve menos dias úteis) e de 16,6% no trimestre, com 436,8 mil unidades, Andreta disse que os números "não refletem a realidade, pois estão mascarados pelo fraco desempenho de 2022".


*Exame/*informações Estadão 

Volkswagen amplia períodos de férias coletivas em fábricas

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1 de abr. de 2023

Empresa tem sentido impactos da queda de demanda por automóveis

Alsorsa.News | Volkswagen amplia períodos de férias coletivas em fábricas
Antes, a empresa já havia confirmado uma segunda parada na unidade de São José dos Pinhais (PR) também para o próximo mês — Foto: High Contrast, CC BY 3.0 DE <https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/de/deed.en>, via Wikimedia Commons

Sem componentes suficientes para a produção, e já sentindo impactos da queda de demanda, a Volkswagen anunciou novos períodos de férias coletivas aos trabalhadores das fábricas de automóveis em Taubaté e de motores em São Carlos, ambas no interior de São Paulo para início de abril.


Antes, a empresa já havia confirmado uma segunda parada na unidade de São José dos Pinhais (PR) também para o próximo mês. Somado aos feriados do mês em que as linhas também estarão paradas, a produção deve ter significativa queda no período. Desde fevereiro, a Volkswagen já anunciou sete períodos de férias coletivas em suas quatro fábricas no país.


Nas últimas semanas, várias montadoras anunciaram medidas de corte de produção, algumas por falta de semicondutores e a maioria por redução de vendas. No grupo estão General Motors (GM), Hyundai, Stellantis (Jeep, Peugeot e Citroën) e também as fabricantes de caminhões Mercedes-Benz e Scania.


A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem alegado que os juros altos inibem financiamentos, modalidade que já chegou a responder por 70% das vendas.


Além das férias de dez dias iniciadas na unidade de Taubaté na segunda-feira (27) envolvendo cerca de 2 mil trabalhadores e que paralisou toda a produção, haverá novo período de dispensas de mais dez dias na sequência para 900 desses funcionários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos local. A unidade produz os modelos Polo e o Polo Track.


Em comunicado, a Volkswagen informou, na tarde desta quinta-feira (30), que as medidas são para “manutenção na linha de produção e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes”. O sindicato, por sua vez, afirma que a nova parada é para adequar o volume de produção à demanda do mercado.


– A instabilidade no fornecimento de semicondutores continua a ser um problema, mas esse segundo período de férias coletivas está mais ligado à baixa demanda de vendas de veículos em razão dos reflexos dos juros altos – afirmou o presidente da entidade, Cláudio Batista.


A Volkswagen também informa que a equipe do terceiro turno da unidade de motores da Volkswagen em São Carlos terá férias de 20 dias a partir de 10 de abril, por causa da instabilidade na entrega de peças, sem informar quais. Essa fábrica já tinha suspendido operações de 20 de fevereiro a 1° de março.


*AE/*Pleno.news 

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