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Tupperware anuncia possibilidade de falência e ações despencam na Bolsa de Valores

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12 de abr. de 2023

Conhecida pela produção de potes de plástico, empresa afirma que pode deixar de cumprir cláusulas contidas em contratos de crédito

Reprodução 

A Tupperware Brands, conhecida pela produção de potes de plástico e outros recipientes, informou que existem “dúvidas substanciais” sobre a capacidade da empresa em manter as operações. Em meio a dificuldades financeiras, a companhia pode ir à falência caso a falta de recursos se concretize.


Em comunicado divulgado na última sexta-feira (7), a empresa citou cenário econômico desafiador e informou que pode deixar de cumprir algumas cláusulas contidas em contratos de crédito, além de indicar que pode não ter liquidez suficiente para continuar suas atividades.


“A companhia prevê o descumprimento de cláusulas financeiras [...] que potencialmente podem acontecer no final do primeiro trimestre de 2023”, diz.


De acordo com a Tupperware, esse descumprimento tornará a companhia inadimplente, o que confere ao credor a possibilidade de exigir o reembolso dos empréstimos pendentes e restringir futuras concessões de recursos.


“Se a exigência de reembolso ocorrer, a companhia não dispõe de recursos financeiros para saldar tais obrigações. A companhia ainda depende dos recursos para financiar suas operações e cumprir com as demais obrigações”, pontua.


A resposta veio nesta segunda-feira (10) quando as ações da companhia despencaram 48,8% na Bolsa de Nova York, o que deixou um valor de mercado de menos de US$ 100 milhões.


A empresa também deixou de publicar seu relatório anual referente ao ano de 2022 junto à Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (SEC), o que ocasionou no recebimento de uma notificação da NYSE em 3 de abril, indicando que caso  não publique o documento nos próximos seis meses, poderá ter o seu registro na bolsa de valores de Nova York cancelado.


*TV Cultura 

Falência da Tupperware destrói famílias e é pior que ameaça da inteligência artificial

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Os potinhos ecologicamente incorretos fazem parte do cotidiano e do imaginário de todos os seres humanos, crianças e adultos

Esses utensílios fazem parte da infância e da cozinha de qualquer ser humano normal | SCOTT OLSON/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/GETTY IMAGES VIA AFP – 10.04.2023

Não sei se estamos preparados para isso. Não, não estou me referindo às ameaças apocalípticas da inteligência artificial. Para tudo se encontra uma solução. Mas como, me digam como poderemos lidar com a falência da Tupperware? Será que a humanidade terá respostas para isso? Creio que não.


Os potinhos de plástico (ecologicamente incorretos e passíveis de altíssima dependência psíquica) fazem parte do cotidiano e do imaginário de todos os seres humanos que se submeteram ao privilégio de dispor desde a infância de armários de cozinha e prateleiras de utensílios domésticos. Aqueles retângulos, quadradinhos e circunferências sempre estiveram lá, para nosso alívio e desespero. Com a mais implacável vigilância de nossa mãe, tias, avós.


Não há no universo, na cosmologia, algo mais indecifrável do que o fenômeno (que nem a mais elaborada física quântica, ápice de nossa ciência, explica) como as tampas daquelas criaturas simplesmente desaparecem para sempre, sem a menor justificativa física, química ou asteroide. E a culpa sempre era das inocentes crianças ou indefesos maridos humilhados.


Não, ímpios, não venham dizer que a falência da Tupperware será compensada pela legião de empresas piratas, fazedoras de “contratipos” que fabricam toscas imitações daquelas joias que organizam nossas geladeiras. Heresia. Pecado.


Dar uma Tupperware fraudada, adulterada, à esposa equivale a presentear um adolescente com um Nike paralelo. A alegria pode até ser a mesma, mas o orgulho da conquista, do status, da realização pessoal, não, isso não se compara. Puro fracasso existencial. Deixa marcas na alma, literalmente. 


É como postar estar no Bob’s em vez de no Méqui. Ninguém ostenta pobreza no Instagram. E é disso que se trata, o fim da Tupperware. O estertor de uma era de glamour e grandeza dos oprimidos. Para pobres e gente como a gente. Que morte terrível. O que faremos?


*R7 

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