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Câmbio informal dispara na Argentina em meio a negociação com FMI

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26 de jul. de 2023

Governo argentino estabeleceu uma série de medidas para estimular as exportações e desestimular as importações

Argentina: moeda do país tem se desvalorizado diante de incessantes crises na economia (Marcos Brindicci/Reuters)


O câmbio informal disparou nesta segunda-feira (24) na Argentina , a 550 pesos por dólar, ante os 528 pesos de sexta-feira, 21, em linha com a desvalorização da moeda no mercado oficial, em meio às negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI).


Comércio exterior

As medidas contemplam uma nova taxa de câmbio, que estará em vigor até 31 de agosto para as exportações agrícolas , de 340 pesos por dólar (melhor do que a taxa oficial, de 284 pesos por dólar). O objetivo desta disposição é incentivar as vendas do setor agropecuário, sobre o qual são aplicados impostos e retenções que permitiriam reforçar as reservas.


Também foram estabelecidos novos impostos sobre as importações, o que afetou a cotação das diversas taxas de câmbio existentes na Argentina.


Eleições à vista

Em meio à tensão causada pelas eleições presidenciais de outubro que vem, os anúncios foram recebidos com críticas pela oposição e por lideranças agrícolas. O ministro da Economia e candidato presidencial, Sergio Massa, justificou suas decisões na Exposição da Sociedade Rural, que reúne os maiores produtores do campo, principal fonte de divisas do país.


“Existem medidas transitórias que podem ser mais ou menos agradáveis, mais ou menos questionáveis, mas que têm a ver com a realidade do momento, e que não podem ser analisadas como visão de longo prazo do setor sem levar em conta a conjuntura”, argumentou Massa. "Nenhum de vocês pode ignorar o momento que o programa com o Fundo e a seca impõem à economia argentina."


As medidas, que incluem uma antecipação de impostos para as grandes empresas, foram tomadas enquanto a Argentina negocia com o FMI novas metas para seu programa de crédito de US$ 44 bilhões com o fundo.


*Exame/* Informações: *AFP

Governo vai enviar projeto para taxar fundos de super-ricos junto ao Orçamento, diz Haddad

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22 de jul. de 2023

Será enviada junto à peça orçamentária parte da segunda fase da reforma tributária; ministro destacou que nenhuma dessas medidas diz respeito à pessoa física

Alsorsa.News
Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou, nesta quarta-feira (19), que o governo vai enviar ao Congresso uma proposta para taxar fundos exclusivos de investimento junto ao Orçamento.


Segundo Haddad, acompanhará a peça orçamentária parte das propostas que compõem a segunda fase da reforma tributária — que visa o imposto de renda (IR). Ele destacou que nenhuma dessas medidas diz respeito à pessoa física.


“Conforme eu já falei, tem um conjunto de medidas [da segunda fase da reforma] que vão junto ao Orçamento e não passam pelo imposto de renda de pessoa física”, disse.


O projeto de Lei Orçamentária anual (PLOA) deve ser enviado ao Congresso até 31 de agosto. O petista teve reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta quarta-feira, para “alinhar” a agenda da economia para o segundo semestre.


Os fundos exclusivos de investimento são conhecidos como “fundo dos super-ricos”. Além de confirmar que pretende taxá-los, indicou que a medida deve ser enviada em forma de projeto de lei ao Congresso.


Esses fundos fundos se caracterizam por suas cotas pertencerem a único cotista. Com isso, a alocação de recursos é realizada por um gestor profissional de maneira “personalizada”.


Atualmente, esses fundos só são taxados pelo IR no momento do resgate. A ideia seria de que esses ativos pudessem ser tributados periodicamente.


*CNN Brasil

Taxação dos fundos de super-ricos pode gerar “aversão” ao mercado brasileiro, dizem especialistas

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2,6 mil fundos exclusivos concentram valor equivalente a 10% do PIB brasileiro; equipe econômica mira mecanismo e pretende fazê-lo adotar regras vigentes a fundos “comuns”

Alsorsa.News
Ideia do governo é estabelecer uma tributação semestral — o chamado “come-cotas” —, que ocorre no último dia de maio e no último de novembro | Foto: Austin Distel/Unsplash

Especialistas consultados pela CNN avaliam que o plano do Ministério da Fazenda de alterar as regras de taxação dos fundos exclusivos de investimentos deve facilitar o planejamento orçamentário do governo, contudo, pode afastar investidores estrangeiros do Brasil.


Sócio coordenador tributário no SGMP Advogados, João Claudio Gonçalves Leal explica que atualmente os fundos de “super-ricos” são taxados apenas no resgate dos rendimentos. A ideia do governo é estabelecer uma tributação semestral — o chamado “come-cotas” —, que ocorre no último dia de maio e no último de novembro.


“Para a União, a arrecadação periódica, modelo adotado para fundos de investimentos acessíveis, é mais interessante, porque lhe permite programar a utilização desses recursos na execução de suas despesas”, diz o jurista.


Rogerio Fedele, advogado sênior da área de Wealth Planning & Tax do escritório Abe Advogados, explica que essa mudança pode gerar “aversão” no mercado financeiro, o que pode acarretar em fuga de capitais do Brasil para o exterior.


“Com a tributação periódica, o fundo terá que se capitalizar ou realizar parte do investimento para pagamento do imposto, o que pode tornar cara ou ineficiente a estrutura de fundo. Assim, é possível que muitos investidores desfaçam a estrutura e eventualmente aloquem os recursos no exterior, o que pode prejudicar a economia brasileira”.


Segundo levantamento da Trademap, os fundos de super-ricos registraram resgates de R$ 27 bilhões entre os dias 1º de abril e 18 de julho deste ano. A intensificação dos resgates aconteceu após o governo anunciar que estudava a mudança na tributação.


Gonçalves Leal, por outro lado, não acredita que a mudança vai “assustar” o mercado, já que essa alteração já vem sendo sinalizada há tempos. Desde o governo de Michel Temer (2016-2018), a possibilidade vem sendo aventada.


As mudanças na taxação

Atualmente a tributação dos fundos fechados ocorre apenas quando o cotista realiza o resgate da cota. O rendimento está sujeito à tributação com alíquota que varia entre 15% e 22,5%, a depender do prazo da aplicação, explica Rogerio Fedele.


“Desta forma, a atratividade do fundo exclusivo é a possibilidade de reinvestimento e realocação de ativos sem que exista uma tributação dentro do portfólio”, explica o especialista.


Há ainda outro “perigo” ao investidor na mudança de tributação, segundo Gonçalves Leal: caso o fundo sofra a tributação semestral do come-cotas e, mais tarde, resulte em prejuízo no momento do resgate, pode não haver compensação pelo IR periódico já pago.


O que são os fundos exclusivos?

Os fundos exclusivos são constituídos para receber recursos ou aplicações de um único investidor. Eles são constituídos de maneira “personalizada” por um gestor profissional, explica Gonçalves Leal.


Dessa maneira, o fundo exclusivo terá a estratégia de investimento que seu único investidor definirá junto ao gestor do fundo. E essa estratégia poderá ser revista com mais agilidade, de acordo com os interesses do investidor.


“Os fundos de investimento em geral, oferecidos a quaisquer investidores, definem previamente uma estratégia de investimentos. O fundo exclusivo terá a estratégia de investimento que seu único investidor definirá junto ao gestor. E essa estratégia poderá ser revista com mais agilidade, de acordo com os interesses do investidor”, explica.


Segundo Rogério Fedele, essas características fazem com que eles estejam atrelados aos super-ricos, “pois para que tal estrutura faça sentido é necessário o aporte substancial de recursos, uma vez que existe um custo considerável para sua criação e manutenção (auditoria externa, administração e gestão profissional etc.)”.


Atualmente há 2.685 fundos exclusivos no Brasil, com um total R$ 939 bilhões investidos (quase 10% do Produto Interno Bruto do país), segundo dados do Trademap. O número reduzido de fundos em relação à cifra elevada demonstra o porquê da denominação fundos de super-ricos.

*CNN Brasil 

Ipea estima que imposto único pode ser um dos maiores do mundo

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17 de jul. de 2023

 Ipea estima que imposto único pode ser um dos maiores do mundo


Ministro Fernando Haddad afirma que dados do Ipea é um alerta de que 'quanto mais exceção tiver, menos' a reforma tributária vai funcionar

Alsorsa.News

Texto apresentado na Câmara dos Deputados previa crescimento econômico de 5,75% até 2036, com as exceções a estimativa é que, no mesmo período, vá para 2,39%.


A alíquota do imposto que será criado pela reforma tributária ficará em 28,04%, de acordo com estimativa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o que colocaria como um dos maiores do mundo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), questionou os dados apresentados.


Nesta segunda-feira (17/7), Haddad afirmou que não foram levadas em conta situações como o impacto sobre a sonegação e evasão fiscal, além dos cortes de gastos tributários.


O ministro afirmou que também que haverá uma transição e que isso será calibrado ao longo do tempo. "Começa em 2026, com uma alíquota baixinha para ver o impacto. É bom ter estudo, não estou criticando, mas é bom olhar as premissas para não nos assustarmos".

O levantamento, de acordo com Haddad, é bom para "alertar que quanto mais exceção tiver, menos vai funcionar".


No texto original que foi enviado à Câmara dos Deputados, era esperado que a economia iria crescer 5,75% até 2036. Com as exceções que foram incluídas, a estimativa é que, no mesmo período, vá para 2,39%.


*EM 

Dólar hoje 17/07: abre em alta em semana de balanços nos EUA e PIB da China

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A moeda americana abre em alta com o mercado reagindo aos balanços das empresas nos EUA e o PIB chinês

Alsorsa.News

O dólar hoje abriu em alta nesta segunda-feira, 17. A moeda americana sobe0,43% e é negociada a R$4,815, com investidores acompanhando os balanços nos EUA e a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre deste ano. Na última sexta, o dólar fechou em alta de0,20% a R$4,795.


Quanto está o dólar hoje?

O dólar comercial hoje está sendo negociado a R$ 4,815. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$4,850. Na sexta-feira, a moeda era negociada a R$4,795.


Cotação do dólar

Venda: R$4,816

Compra: R$4,815


Dólar comercial

Venda: R$ 4,977

Compra: R$ 4,850

Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?

O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.


Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.


Por que o dólar turismo é mais caro?

A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.


Por que o dólar cai?

Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real ( BRL ), já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.


O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.


Quais os impactos da queda do dólar?

A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:


Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.

Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.

Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.

*Exame

Alta de preço do ovo de galinha é a maior desde 2013, diz IPCA

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Um dos motivos é o aumento de preços das proteínas concorrentes

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do ovo de galinha subiu 22,93% nos últimos 12 meses. Trata-se da maior alta de preços do alimento em uma década.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho de 2013, o aumento no valor do ovo foi de 24,54%.


O analista da pesquisa do IBGE, André Almeida, informou à Folha de São Paulo que a carestia do ovo pode ser associada a uma série de fatores, como o aumento dos custos de produção, a menor oferta e o crescimento do consumo.


Outro motivo seria o aumento de preços das proteínas concorrentes. Com a inflação elevada nas carnes, o ovo passa a ser visto como um substituto e isso aumenta seu valor.


As capitais com as maiores altas de preços do ovo até junho foram Belo Horizonte (31,92%), Aracaju (30,36%) e Goiânia (28,94%). Em São Paulo, o alimento subiu 24,51% no mesmo período.


*Pleno.news 

Brasileiro nunca mandou tanto dinheiro para o exterior, com a facilidade das contas em dólar

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16 de jul. de 2023

O brasileiro nunca enviou tanto dinheiro para o exterior, aproveitando a facilidade das novas contas em dólar e euro e com a ampliação da busca por investimentos lá fora. Segundo dados do Banco Central, só em 2022, US$ 4,7 bilhões (R$ 22,5 bilhões) foram mandados por pessoas físicas para outros países. O número representa um salto de 22% em relação a 2021 e de 63% em relação a 2019. E o número continua alto este ano: no primeiro trimestre, foram mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) enviados ao exterior, patamar próximo ao do ano passado.

Imagem: Shutterstock 

Esse crescimento reflete um movimento que tem se intensificado no País nos últimos anos, facilitado pela tecnologia, pelos avanços trazidos pelas fintechs e também por uma legislação mais amigável. Se antes enviar recursos para um parente estudando no exterior, por exemplo, era uma tarefa cheia de burocracia, isso hoje está ao alcance de alguns toques no celular. Já são várias as instituições financeiras, de todos os portes, que oferecem contas em moeda estrangeira, que facilitam esse tipo de operação — e de muitas outras.


Para quem vai viajar ao exterior, também ficou muito mais fácil comprar a moeda aos poucos, aproveitando cada momento favorável, e ir deixando na conta — já que nem é mais necessário se deslocar até uma casa de câmbio. Além disso, as contas em moeda estrangeira trazem o benefício da compra da moeda pelo câmbio comercial, e não pelo turismo.


Mas boa parte desse dinheiro enviado ao exterior tem ido também para investimentos. São pessoas buscando a segurança de uma moeda mais estável. E, se antes esse era um movimento restrito às pessoas muito ricas, dada a dificuldade e a burocracia de se fazer essas aplicações, isso hoje está aberto a praticamente qualquer pessoa.


É o caso do publicitário aposentado Walter Nascimento. Ele começou a investir seu dinheiro no mercado americano motivado pelo receio do futuro do País e da potencial desvalorização do seu capital. “Separei uma parte do dinheiro que tinha para investir fora do País. Eu tinha dinheiro aplicado em fundos de investimentos, saquei e mandei para os Estados Unidos. A situação financeira do Brasil me dá medo, porque não consigo ver perspectiva de melhora”, diz.


Com alguns milhares de dólares investidos, Nascimento considera aplicar mais dinheiro no exterior, especialmente quando fechar a venda de um imóvel. “Lá, eu consigo um ganho real em uma moeda forte”, afirma.


Roberto Lee, cofundador e CEO da Avenue; corretora foi criada para facilitar a entrada de brasileiros no mercado americano Foto: Avenue/Divulgação

Essa tendência de dolarização da carteira de investimentos tem levado mesmo os grandes bancos brasileiros a apostarem nesse nicho. Foi isso que levou o Itaú, por exemplo, a adquirir a Avenue, uma corretora criada por brasileiros para facilitar a entrada no mercado americano, seja em ações, títulos de índice ou em renda fixa. A empresa estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem chegar só aos Estados Unidos na próxima década.


Carlos Ambrósio, diretor-geral da Avenue no Brasil, diz que os clientes da empresa mandam o dinheiro para as conta dolarizadas buscando diversificação de investimentos, um plano de aposentadoria ou mesmo para ter um dinheiro adicional para uma viagem ou um curso.


“Podemos pensar que o dólar é arriscado, mas o investimento no Tesouro americano não é mais arriscado do que no brasileiro. Fora isso, a moeda que é volátil é o real, e não o dólar. Os investidores têm entendido que o investimento em dólar é algo que pode ser seguro com uma carteira conservadora”, diz Ambrósio.


Também de olho nesse aumento do apetite do brasileiro por enviar dinheiro a outros países, a fintech britânica Revolut desembarcou no Brasil em 2023, após cerca de um ano de preparação e estudo do mercado. A estratégia da empresa é baseada na conta global, que permite a conversão do real para diferentes moedas e facilita a gestão da vida financeira dos usuários.


Glauber Mota, CEO da Revolut, quer transformar a empresa no único aplicativo de serviço bancário do brasileiro Foto: Gabriel Reis /Revolut


Para Glauber Mota, CEO do Revolut no País, esse interesse por enviar dinheiro ao exterior aumentou com as turbulências na economia brasileira nos últimos anos, que levaram o dólar a passar da casa dos R$ 3,80, no final de 2018, para o patamar de R$ 5,30 no início deste ano.


Tecnologia e simplificação

Celso Filho, gerente de produto de câmbio na Sinqia, especializada em tecnologia para o setor financeiro, diz que um dos maiores entraves para as instituições financeiras oferecerem formas de enviar dinheiro ao exterior, seja para investimentos ou para ter uma carteira global, era o fluxo de operações de valores baixos. Porém, o Banco Central facilitou esse tipo de registro recentemente.


“Os bancos grandes tinham problemas com essas remessas massivas. Algumas fintechs com tecnologia feita do zero conseguiram operar essas remessas, mas elas não podiam registrá-las no Banco Central. Agora, isso mudou”, diz.


A empresa vê potencial de crescimento na oferta de produtos relacionados ao câmbio tanto nos bancos quanto nas fintechs e demais companhias do ramo financeiro. Por isso, já preparou uma solução para a operação complexa que acontece por trás da interface simples dos aplicativos para celular. “A tecnologia da Sinqia permite lidar com 100 mil ou um milhão de operações por dia”, diz.


A Dock (antiga Conductor), que também fornece tecnologia bancária para contas globais, prevê aumento de demanda por esse tipo de solução no mercado brasileiro nos próximos meses e anos. Porém, a empresa acredita que o serviço deve ser ofertado mais a clientes de renda mais alta.


“O C6 Bank foi o primeiro com a nossa solução, mas agora o Bradesco também vai lançar a conta deles usando o nosso suporte tecnológico”, diz o CEO da Dock Antonio Soares. O cartão de débito do Bradesco, bandeira Visa Plus, será aceito em 200 países.


Com o novo marco cambial do Banco Central, que entrou em vigor em dezembro, essas mudanças no mercado de câmbio devem ser ainda mais aprofundadas. Segundo os especialistas, as novas regras criaram um ambiente ao qual as empresas ainda estão se adaptando para oferecer produtos e serviços aos consumidores.


Com a mudança na legislação, o Banco Central passou a permitir, por exemplo, que as instituições financeiras abram contas em outras moedas, em vez de ter bancos abertos em outros países para atender aos clientes brasileiros. O inverso também vale. Passou a ser possível ter contas em real no exterior.


Para as pessoas físicas, uma das principais novidades é a possibilidade de negociar a compra ou venda de dólares de pessoa para pessoa, com limite de até US$ 500 por operação. Além disso, o valor que pode ser transportado por pessoas em viagens internacionais passou de R$ 10 mil para US$ 10 mil (R$ 47,9 mil).


*Estadão 

Estados Unidos tira a China do topo de importações após 14 anos de liderança

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12 de jul. de 2023

 Estados Unidos tira a China do topo de importações após 14 anos de liderança

Alsorsa.News

Nos últimos 14 anos a China permanecia como a principal importadora nos Estados Unidos, porém com as diversas sanções impostas e uma distância que tem crescido entre ambos derrubaram ela de sua posição. Pela primeira vez em tanto tempo, o país agora se tornou a terceira maior fornecedora dos EUA, ficando para trás do Canadá e México.


Há cinco anos, a China era responsável por mais de 20% de todos os produtos e matérias-primas que eram encontradas em território americano, porém este número caiu para 13,35% de acordo com o U.S. Census Bureau. O México detém a liderança agora, representando 15% de importações, enquanto o Canadá fica em sua cola – com 14% deste tipo de operações dentro do país vizinho.

De acordo com o mesmo órgão, houve diversas quedas registradas nas importações dentro dos Estados Unidos em relação à China. A entrada de celulares, tablets e similares decaiu em 20,24% – o menor número desde maio de 2016, sem contar com a pandemia de COVID-19. Foram US$5 bilhões em produtos do gênero que deixaram de entrar nos EUA.


Já no cenário dos computadores, o declínio foi um pouco maior. A importação de PCs da China e hardwares viu uma queda de 22,58% – atingindo o menor número desde o ano de 2010. Foram US$4,8 bilhões que não foram investidos em importações do gênero, comparado ao mesmo período do ano passado. Taiwan e o Vietnã conseguiram abocanhar uma parcela do que o mercado chinês perdeu.


Barreira entre Estados Unidos e China

A distância entre os Estados Unidos e China começou ainda durante a pandemia de COVID-19, durante a administração de Donald Trump. Ele aumentou as tarifas de importação vindas do território, o que dificultou a situação do envio de produtos e matérias-primas durante o período. O ex-presidente buscava alternativas, já que se mostrava um grande risco ao mercado a dependência de um país só para se buscar diversos componentes. A administração de Joe Biden manteve as tarifas, fazendo com que as importações caíssem ainda mais.


Estes dados vão contra os números impressionantes que os EUA alcançaram em 2022, onde foram registrados US$3 trilhões de investimentos em importações e US$2 trilhões em exportações – a primeira vez que o país atingiu esta marca.


*Adrenaline/* Informações: Forbes 

Preço da carne recua pelo sexto mês seguido e acumula queda de 5,8% no ano

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Redução no custo dos produtores puxa queda do preço

DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO-12/03/2023

Pelo sexto mês consecutivo, o preço da carne bovina registrou queda. Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgado nesta terça-feira (11), o recuo em junho foi de 2,10%, contribuindo entre os alimentos para a deflação de 0,08% no mês.


Todos os cortes bovinos que fazem parte do índice da inflação oficial tiveram redução no mês e acumulam queda de 5,89% neste ano e de 6,73% em 12 meses. Enquanto o IPCA acumula alta de 2,87% no ano e de 3,16% nos últimos 12 meses.


A alcatra (-8,09%), o filé-mignon (-8,02%), o contrafilé (-7,92%) e a picanha (-6,52%) registram os maiores recuos nos primeiros seis meses deste ano.


A queda do preço de cada corte

No acumulado de 2023, em %:

• carnes em geral: -5,89;

• fígado: -6,51;

• cupim: -2,05;

• contrafilé: -7,92;

• filé-mignon: -8,02;

• coxão mole: -5,16;

• alcatra: -8,09;

• patinho: -5,10;

• lagarto redondo: -4,76;

• lagarto comum: -5,37;

• músculo: -4,28;

• pá: -7,37;

• acém: -6,16;

• peito: -5,63;

• capa de filé: -5,43;

• costela: -5,33; 

• picanha: -6,52.

Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)


Queda do custo

O economista Matheus Peçanha, do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), explica que a redução no custo dos produtores acabou se refletindo no bolso do consumidor. E o cenário puxou para baixo projeções de inflação.


"De 2020 até metade do ano passado, esse custo estava jogando contra, estava encarecendo muito por conta da entrada de várias cadeias globais, com o preço de várias commodities agrícolas em alta. Isso levava a um efeito dominó nos preços dos produtos ao consumidor na gôndola", afirma Peçanha. 


Agora o que está ocorrendo é o inverso. Segundo o economista, desde o segundo semestre do ano passado esses custos caíram, principalmente o preço da soja e do milho, que são os principais componentes da ração para o gado.


"A perspectiva para o ano é continuar nessa pegada. Deve haver a redução no ritmo de queda. E isso pode se refletir no preço ao consumidor. Mas deve continuar assim, reduzindo ritmo de queda até uma estabilidade no ano", acrescenta o economista.


O evento climático do El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, pode ajudar neste ano a manter a redução dos custos de soja e milho. Segundo Peçanha, os efeitos desse fenômeno climático geralmente aumentam a produtividade no Centro-Oeste do país. A previsão é que isso ocorra, provavelmente, no último trimestre deste ano.


"Ou seja, a gente deve ter uma estabilidade do preço da carne até o fim do ano, e, se o El Niño trouxer uma produtividade maior, pode haver uma segunda rodada de queda. Mas isso vai depender da magnitude, se vai reverter em ganho de produtividade como normalmente reverte. Então tem muitos 'ses', mas é um evento que está no calendário para ver o que acontece", avalia Peçanha.  


Consumo

Outro fator que contribui para a queda do preço final é a maior oferta de animais no mercado doméstico, que derrubou as cotações no campo. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), esse cenário reflete a tendência de queda nos preços, o que já começa a ser percebido no mercado, como mostra o IPCA. 


Com o crescimento da produção, o consumo de carne bovina pelos brasileiros vai aumentar em 2023, após cinco anos de queda. De acordo com a projeção da Conab, a disponibilidade per capita da proteína vai passar de 26 para 29 quilos por habitante ao ano, uma alta de 11,6%.


Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a bovina, a suína e a de frango, esse número atingirá 96 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.


Nos últimos anos, o consumo de carne bovina havia despencado no país. Em 2018, cada brasileiro comeu, em média, 34 quilos de carne. No ano seguinte, o consumo médio foi de pouco mais de 30 quilos. Em 2020 e 2021, ficou estabilizado em 27 quilos. E, no ano passado, recuou a 26 quilos por habitante no ano.


O preço da carne caiu em fevereiro 1,22%. É a maior queda no preço desse produto nos últimos 15 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado na sexta-feira (10) pelo IBGE. Enquanto isso, a inflação passou de 0,53% em janeiro para 0,84% no último mês. Entre os cortes, a picanha, famosa nos churrascos brasileiros, teve o maior recuo de preço, de 2,63% 


*R7/*Informações Estadão Conteúdo 

Como a chegada do Real Digital pode impactar as suas finanças

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11 de jul. de 2023

Muitas dúvidas surgiram quando novidades ligadas ao Real Digital foram anunciadas. Assim como as criptomoedas, essa nova moeda virtual funcionará de forma totalmente digital.


Em linhas gerais, trata-se de uma medida inovadora, que tem como principal objetivo facilitar determinadas operações, incluindo a diminuição de custos sobre certas transações, junto também da modernização do sistema financeiro do país.


Ficou curioso sobre esse assunto? Logo abaixo, você entenderá um pouco mais sobre como a chegada do Real Digital poderá impactar as suas finanças. 

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Com a implantação do Real Digital, a expectativa é reduzir inúmeros custos sobre operações financeiras. Fonte:  Getty Images


O que é o Real Digital? 

O Real Digital consiste em uma moeda virtual brasileira. Também chamada de Central Bank Digital Currency (CBDC), algo como “moeda digital do Banco Central”, o Real Digital vem passando por uma série de testes até ser finalmente autorizado.


Nesses testes, realizados no sistema blockchain Stellar, inúmeras simulações de transações financeiras são feitas, nas quais um determinado protótipo dessa nova moeda virtual servem como token para diversos tipos de pagamento.


A partir disso, se verificam alguns dos principais benefícios do Real Digital, incluindo os baixos custos das operações. As simulações também testam a confiabilidade da moeda e algumas práticas de segurança, como técnicas de prevenção à lavagem de dinheiro.


De acordo com especialistas, em um futuro muito próximo, essa moeda deverá ser utilizada em diversas transações virtuais em substituição a alguns modelos atuais. Hoje em dia, por exemplo, existem cartões virtuais emitidos pela maioria dos bancos, que garantem mais segurança aos usuários nesse tipo de operação financeira. 

Projeto Piloto do Real Digital deverá ser concluído apenas em 2024 e está sendo dividido em fases. Projeto Piloto do Real Digital deverá ser concluído apenas em 2024 e está sendo dividido em fases. Fonte: Getty Images 

Porém, para Marcio Kogut, fundador do Mycon e especialista em blockchain pelo MIT e fintech pela Universidade Harvard, os custos para manter esses cartões funcionando podem ser bastante elevados.


“Tem o custo da bandeira do cartão, do banco emissor, do adquirente e, no final, ambos os lados acabam pagando isso”, ressaltou o especialista em entrevista ao Money Times. “O objetivo da moeda digital é transacionar ativos digitais que hoje em dia já são comprados através de cartão virtual”, concluiu. 


Nesse sentido, com o Real Digital, a expectativa é que a população consiga pagar assinaturas de serviços de streaming, faça pagamentos de boletos via aplicativos e ainda peça comida por delivery de um jeito ainda mais descomplicado, seguro e barato. 


Descubra mais detalhes sobre o Projeto Piloto

De acordo com o Projeto Piloto, coordenado pelo Banco Central com algumas diretrizes rígidas a respeito do funcionamento da nova moeda, a implantação do Real Digital no Brasil está prevista para começar a partir do segundo semestre de 2024. 


Realizado em fases, iniciados em março deste ano, alguns testes importantes já vêm ocorrendo em plataformas virtuais. Depósitos bancários à vista em contas de liquidação e contas reservas são alguns dos ativos escolhidos para verificar as operações. 


Em março de 2024, estão previstas as fases de análises dos resultados, na qual a plataforma Hyperledger Besu será utilizada. 


Caso as avaliações sejam satisfatórias, o software de código aberto em questão servirá ainda na fase de implantação, pois possui custos muito baixos. Dessa maneira, a população poderá participar do processo realizando depósitos tokenizados.

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Real Digital utilizará sistema blockchain para garantir a privacidade e segurança dos usuários. Fonte:  Getty Images

Entenda como o Real Digital vai funcionar na prática

Agora que você já sabe alguns dos principais detalhes relacionados ao Real Digital, é preciso entender como ele vai funcionar na prática, não é mesmo? 


De maneira ampla, essa moeda virtual servirá para democratizar alguns pagamentos instantâneos, reduzindo custos por operações financeiras e deixando tudo ainda mais eficiente. 


É importante frisar que não se trata de uma criptomoeda, como o Bitcoin, por exemplo, mas sim de uma moeda alternativa que também utiliza o sistema blockchain para garantir sua confiabilidade. 


A expectativa dos entusiastas com o Real Digital é fazer com que, cada vez mais, a população tenha acesso a novos meios de pagamentos, que sejam seguros e inteligentes. Ao utilizar as tecnologias disponíveis dentro do contexto financeiro, muitos custos poderão ser diminuídos.


Além disso, apesar de ter o mesmo valor do real já conhecido pelos brasileiros, a nova moeda virtual não poderá ser convertida em cédulas físicas. Sendo assim, os usuários receberão seus valores virtuais e deverão aplicá-los apenas no ambiente digital.

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Especialistas calculam que setor varejista será fortemente impactado pela chegada do Real Digital. Especialistas calculam que setor varejista será fortemente impactado pela chegada do Real Digital. Fonte:  Getty Images 

Agora, você deve estar se perguntando se, dessa maneira, as cédulas em papel deixarão de existir? É bastante provável que não, pelo menos por enquanto. Entretanto, aos poucos, poderemos ver uma redução de custos também na emissão de novas cédulas.


Sendo assim, o ecossistema financeiro terá uma novidade interessante dentro de seus mecanismos para garantir mais segurança e confiança aos usuários.

*TecMundo


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Dólar caindo: como isso impacta no mercado e no valor dos eletrônicos

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4 de jul. de 2023

O câmbio do dólar é sempre um tema de grande interesse e discussão na mídia. O motivo está no fato do dólar ser a moeda de troca internacional que influencia e é influenciada por uma série de fatores da economia e política mundial.

No Brasil, a volatilidade da moeda americana pode afetar diversos setores produtivos da sociedade, desde a importação de produtos até as finanças dos profissionais que recebem em dólar no país.


Com a ajuda do economista e professor do departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC, Daniel Vasconcelos, explicamos os principais impactos da queda do dólar na economia brasileira e no seu orçamento. Confira!


Dólar caindo: isso é bom ou ruim?

A queda do dólar afeta diretamente o valor final dos produtos importados. Isso ocorre porque grande parte dos eletrônicos, alimentos e outros insumos usados em diferentes nichos industriais (commodities) têm seus preços determinados em dólar no mercado internacional.


Por exemplo, a indústria brasileira importa trigo, refinados de petróleo e insumos farmacêuticos. Todos esses produtos são afetados pelo câmbio e, quando o dólar desvaloriza em relação ao real, isso significa que o preço dessas importações também cairá.


Segundo Vasconcelos, "há um impacto positivo nos custos das empresas que precisam importar, reduzindo a inflação e possibilitando a diminuição do preço final para o consumidor brasileiro".

Inflação é o aumento geral e contínuo dos preços dos bens e serviços em uma economia.Fonte:  Getty Images 

O cenário a médio prazo de câmbio do dólar aponta para uma estabilização da moeda norte-americana com valor mais baixo do que ela vinha operando nos últimos anos.


Na análise dos especialistas da Goldman Sachs, renomado grupo financeiro multinacional, o dólar deverá cair para R$ 4,40 nos próximos seis meses, uma previsão que não vemos desde fevereiro de 2020.


Contudo, é difícil falarmos até quando isso vai durar. "O câmbio é uma das variáveis mais voláteis dos mercados internacionais. Ele pode ser afetado por fatores técnicos, como a inflação e a taxa de juros americana que acaba influenciando o mundo inteiro, e por fatores políticos que, neste momento, estão muito instáveis", ressalta Vasconcelos.


A instabilidade geopolítica mencionada pelo professor de economia se refere à guerra na Ucrânia, à recente fragilidade do governo russo e ao quadro da economia norte-americana cujo orçamento está em votação no país.


Outros eventos que, também geram insegurança sobre o cenário político dos EUA, é as acusações que podem tornar Trump inelegível e as relações estremecidas entre os americanos e a China. Tudo isso pode alterar o valor do dólar e são considerados fatores exógenos, ou seja, não dependem da economia brasileira.


O impacto na econômica brasileira de um dólar mais barato

Segundo a Goldman, o fortalecimento do Real frente ao dólar teve contribuição de diversas questões domésticas que estão se apresentando como estáveis no momento.


Os grandes investidores da Faria Lima também observam com olhos mais otimistas os ativos domésticos e estão apostando na queda do dólar e alta da bolsa. Essa mudança brusca de opinião do mercado financeiro se deve a três pontos principais:


Em março de 2023, o ministro Fernando Haddad apresentou o arcabouço fiscal, demonstrando o compromisso do governo com seus gastos;

A recente discussão sobre as metas de inflação que indicam um controle maior sobre a situação econômica do país, além de que as metas não serão reajustadas;

A queda consistente da inflação nos últimos meses, sendo um dos principais pontos que chamaram a atenção na última Ata do Copom por apontar que o Banco Central pode realizar corte de juros a partir de agosto.

O arcabouço fiscal foi o primeiro sinal da responsabilidade fiscal da nova gestão Lula.Fonte: Getty Images

Aparentemente, os efeitos benéficos da queda e estabilização do dólar parecem superar os pontos negativos. Vasconcelos afirma que "isso pode despertar o interesse do brasileiro em importar mais produtos e viajar mais para o exterior". 


Isso pode ter algum impacto no saldo comercial com o exterior e no volume da receita dos exportadores brasileiros. Contudo, a situação não é tão preocupante se o dólar estabilizar na faixa de R$ 4,40 a R$ 4,50.


O economista endossa: "os prognósticos do cenário doméstico vem sendo bastante positivos, principalmente em termos de inflação. Mas, precisamos torcer para que o cenário externo não se deteriore em países mais centrais na geopolítica, como China, EUA e a relação entre Rússia e União Europeia".


Os produtos eletrônicos vão ficar mais baratos?

Quando o valor do dólar cai em relação à moeda local, como o real, os produtos importados se tornam mais baratos em termos de moeda nacional porque os custos de importação diminuem, possibilitando que os varejistas repassem essa redução aos consumidores.


Esse é o caso dos eletrônicos, como smartphones, computadores e televisores. Boa parte desses produtos é importada, tornando-os mais acessíveis e competitivos em relação aos produtos nacionais diante desse cenário de desvalorização do dólar.

A queda do dólar afeta diretamente o valor final dos produtos importados.Fonte: Getty Images

Da mesma forma, os alimentos importados também podem ter seus preços reduzidos com a moeda americana mais barata. Isso pode ser especialmente benéfico para os consumidores, que terão acesso a uma maior variedade de produtos e possivelmente a preços mais competitivos.


Como fica o salário de quem ganha em dólar?

Para os profissionais que recebem em dólar no Brasil, a queda do valor da moeda americana implica em uma conversão para a moeda local (real) com valores menores.


Isso significa que, mesmo que continuem a receber a mesma quantia em dólares, ao converter para a moeda brasileira, eles receberão menos dinheiro em relação ao período em que o dólar estava mais valorizado.


Essa redução na renda pode afetar diretamente o poder de compra desses trabalhadores brasileiros, que geralmente atuam como freelancers, profissionais de TI, tradutores, entre outros cargos.


Logo, podem ocorrer ajustes no padrão de vida e no planejamento financeiro, exigindo uma análise cuidadosa de gastos e prioridades.

Brasileiros que recebem em dólar podem enfrentar desafios financeiros com novo cenário do câmbio.Fonte: Getty Images


É importante que consumidores e profissionais estejam atentos às flutuações do dólar e busquem entender os possíveis impactos em seus orçamentos e renda.


Acompanhar o mercado financeiro e adotar estratégias de planejamento financeiro podem ajudar a minimizar os efeitos negativos e aproveitar as oportunidades que surgem com as mudanças na taxa de câmbio. 


*TecMundo 

“Mar de carros”: pátio da Volks amanhece lotado após produção suspensa

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30 de jun. de 2023

Imagens viralizaram nas redes sociais após a exibição de um vídeo gravado pelo Globocop, da TV Globo, nesta manhã. Volks suspendeu produção

No dia seguinte ao anúncio feito pela Volkswagen da suspensão temporária da produção de veículos em suas fábricas no Brasil, o pátio da montadora na unidade de São Bernardo do Campo (SP), na região do ABC Paulista, amanheceu completamente lotado, com milhares de carros.


As imagens viralizaram nas redes sociais após a exibição de um vídeo gravado pelo Globocop, da TV Globo, nesta manhã.


Como noticiado pelo Metrópoles, a empresa comunicou que a suspensão da produção foi adotada devido à “estagnação do mercado”. A decisão da montadora ocorre em plena vigência do programa de incentivo do governo federal à indústria automotiva, iniciado em junho, que oferece descontos para a aquisição de veículos que custam até R$ 120 mil. A Volks informou que a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff (modelo de suspensão temporária de trabalho) desde o dia 5 de junho. A medida deve durar entre dois e cinco meses. O outro turno na mesma indústria parou nesta semana, em regime de banco de horas.


Na unidade de Taubaté (SP), onde são produzidos o Polo Track e o Novo Polo, os dois turnos foram interrompidos nesta semana, também em regime de banco de horas. Na unidade de São Bernardo do Campo, fábrica do Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, a empresa protocolou férias coletivas de 10 dias para os dois turnos, a partir de 10 de julho.


Segundo a empresa, todas as “as ferramentas de flexibilização” do trabalho adotadas “estão previstas em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”.(metropoles)

#volkswagenbrasil

Volkswagen paralisa toda produção no Brasil e GM vai fechar fábrica por até 10 meses

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Embora o programa do carro popular ainda esteja em vigor, com descontos em dezenas de veículos, algumas montadoras estão paralisando fábricas no Brasil. A Volkswagen, por exemplo, desligou as máquinas de suas três linhas de montagem no País - em São Bernardo do Campo e Taubaté, em São Paulo, e em São José dos Pinhais, no Paraná. Segundo a montadora alemã, a decisão foi motivada pela "estagnação do mercado".

No caso da fábrica da região metropolitana de Curitiba, a marca alemã prevê retomar a produção por completo (dois turnos) em até cinco meses. Vale lembrar que a montadora produz no local o T-Cross, um dos SUVs mais vendidos do País em 2023 - e que ganhará reestilização no segundo semestre. Além do Audi Q3, que também é feito no complexo paranaense, mas que anda mal nas vendas, com só 573 unidades no acumulado até maio deste ano.


Já a General Motors pode ficar até 10 meses sem produzir na fábrica de São José dos Campos, às margens da Rodovia Presidente Dutra. Lá são feitas a picape média S10 e o SUV Trailblazer, cotados para a ganhar novas gerações. Assim, é possível que a GM promova a modernização da linha, a exemplo do que fez em São Caetano do Sul (SP) para produzir a nova Montana. Entretanto, a unidade há anos é "deficitária", com grande ociosidade e com risco de fechamento.


Fábrica do Onix parou produção neste mês

Além de colocar em layoff de cerca de 1.200 funcionários em São José dos Campos, a GM também paralisou por alguns dias a produção em Gravataí (RS). A unidade é responsável pela montagem da linha Onix nas carrocerias hatch e sedã. São dois dos modelos mais vendidos do País nos últimos anos, mas que tiveram a montagem interrompida justamente no mês de descontos do carro popular. Isso explica, em parte, porque a GM baixou menos o preço.


Assim como a GM, a Hyundai é outra montadora que parou de produzir no País por alguns dias neste semestre. A sul-coreana paralisou a fábrica de Piracicaba (SP), onde produz a linha HB20 (hatch e sedã) e o SUV compacto Creta. Novamente, três dos carros mais emplacados no mercado brasileiro em 2023. Pois até a Renault, que monta o Kwid, carro mais barato do País, interrompeu a linha de montagem por alguns dias em São José dos Pinhais (PR).


Isso explica, por exemplo, a disparada do Volkswagen Polo nas vendas de junho. Segundo dados da Jato Dynamics do Brasil, a linha VW Polo foi a mais vendida com os descontos do Governo Federal. Em janeiro deste ano, a marca lançou o Polo Track, substituto do velho Gol, que saiu de linha em dezembro de 2022. E a soma dos modelos da gama vem colocando o compacto na liderança dos automóveis, à frente de HB20 e Onix, por exemplo.


*Estadão Conteúdo 

“Taxação do sol” em vigor: ainda vale a pena instalar painéis solares?

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24 de jun. de 2023

■ A nova legislação estabelece uma tributação em cima do montante de energia enviado para a rede de distribuição

■ Por enquanto, a tributação é de 15% em cima da energia excedente para este ano. No entanto, a previsão é que esse custo aumente gradativamente até 2029

■ Apesar do aumento dos encargos, a instalação de sistema fotovoltaico ainda segue como uma alternativa interessante para os consumidores

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Quem já tem painéis solares em casa e quem os instalar até o início de janeiro de 2023 ainda permanece isento da cobrança até 2045. – Imagem: Kindel Media/Pexels

Os custos referentes ao sistema fotovoltaico podem ficar mais caros desde o dia 7 de janeiro com a vigência do Marco Legal da Geração Distribuída. A nova lei, também conhecida como “taxação do sol”, estabelece que os produtores de energia por meio de painéis solares conectados à rede (on grid) devem ser cobrados pelo custo de distribuição à rede elétrica. No entanto, a legislação traz regras diferentes para quem instalou o sistema antes e depois da vigência do Marco Legal e não aumenta de forma significativa o retorno do investimento, como mostramos nesta reportagem.


“Taxação do sol” em vigor: qual região vale mais a pena instalar painéis solares?

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Antes do dia 7 de janeiro, quando o consumo do dia era inferior ao que foi gerado pelo sistema fotovoltaico, a energia que havia “sobrado” ia para a rede de distribuição para ser “armazenada” e voltava como “crédito” para o consumidor. Segundo Lucas Donato, diretor da Pop Energy, empresa de instalação de painéis solares, esse trabalho de transmissão feito pelas concessionárias antes não era cobrado dos produtores de energia.


Com a nova lei, essa realidade mudou. Agora, os consumidores que possuem sistema fotovoltaicos serão “taxados” pelo serviço responsável pela transmissão de energia até as residências, chamado de Fio B. Para quem não produz a própria energia, esse custo já está embutido na conta de luz. “A tarifa (do custo do FIO B) representa uma média nacional de 28% do valor total da conta de energia convencional”, diz Donato.


No entanto, a taxação vai acontecer de forma gradativa para as pessoas que possuem um sistema fotovoltaico. Para quem instalou o sistema no imóvel após a vigência da lei, a cobrança começa a ser de 15% neste ano em cima do custo referente ao serviço do Fio B e deve aumentar gradativamente até 2029, quando o consumidor pagará 100% do valor do Fio B. Já para quem instalou antes da vigência da lei, terá um privilégio: isenção da “taxação do sol” até 2045.


Apesar da cobrança, o Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL) afirma que o marco legal estabelece requisitos técnicos para a remuneração das redes de distribuição. “Significa um avanço para a segurança jurídica deste setor tão importante para a o país”, diz Tássio Barboza, vice-secretário de Energia Solar do INEL.


Qual o impacto no bolso?

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Como o consumo de energia varia de acordo com a residência, o valor do aumento do custo na conta de luz para quem tem sistema fotovoltaico não é fixo. No entanto, há algumas estimativas que ajudam o consumidor a ter uma ideia do custo, que não deve ser decisivo ao ponto de tirar os benefícios de quem pretende instalar o sistema. De acordo com Donato, o aumento para este ano deve ficar em torno de 4% em comparação a quem aderiu o sistema até o fim do ano passado.


“O impacto vai ser muito pequeno. Alguns clientes comerciais geralmente não vão ter impacto nenhum porque funcionam mais durante o dia. Nos imóveis residenciais, vai depender da rotina das famílias”, acrescenta. Ou seja, se uma família tiver uma rotina mais caseira durante a noite, o custo referente ao Fio B será maior do que uma família que com hábitos diurnos, porque de dia ela consome a energia produzida pelos painéis e à noite, necessita da luz vinda da rede de transmissão.


Fábio Carreira, CEO da Solfácil, estima que o valor médio na conta de energia de uma residência no Estado de São Paulo deve ficar em torno de R$ 49,60 para uma família que consome da rede elétrica – que utiliza as linhas de transmissão para consumir energia nos períodos em que o sistema fotovoltaico não produz energia – 300 kWh/mês.


Os custos de energia no Brasil aumentaram em média 183% no acumulado dos últimos dez anos. As despesas para a instalação do equipamento variam de R$ 15 mil a R$ 33 mil conforme a média de consumo da residência. Após o pagamento desse montante, o valor da conta de energia elétrica pode cair em até 90% – o restante se refere aos custos com iluminação pública entre outros encargos e tarifas. Segundo Carreira, apesar da nova lei, o tempo de retorno do investimento (payback) referente à instalação do sistema acontece entre quatro e cinco anos.


“Mesmo com a nova taxa, a energia solar continua sendo uma alternativa viável e mais barata em comparação com a energia elétrica tradicional”, diz Mário Viana, head comercial da Sou Energy, fabricante de geradores fotovoltaicos. Além disso, devido ao maior acesso à instalação de painéis solares, a tendência é que os custos dos equipamentos fiquem mais baratos. “As placas possuem uma vida útil longa, de pelo menos 25 anos”, acrescenta.


O custo da instalação

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Os preços para instalar um sistema fotovoltaico variam de acordo com o consumo médio de cada família e também da região onde o imóvel se encontra. Segundo uma simulação realizada pelo Portal Solar, empresa de franquia de sistema fotovoltaico, o Estado de São Paulo é a região em que o custo para a instalação dos painéis fica mais alto, com um investimento médio de R$ 33,7 mil para um consumo médio de R$ 500. O retorno desse investimento acontece após seis anos.


Na região Norte o custo da instalação fica mais em conta. Em comparação com o Estado de São Paulo, o consumidor consegue economizar cerca de R$ 12 mil. “Esse valor médio inclui o pacote completo, desde a instalação até a compra dos equipamentos”, explica Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.


*E Investidor 

Pix Automático será lançado em 2024; saiba como funcionará

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23 de jun. de 2023

O Banco Central anunciou uma nova modalidade do Pix, que funcionará de forma similar ao débito automático; confira detalhes

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(Imagem: Diego Thomazini/ Shutterstock)


O Banco Central anunciou nesta semana que o “Pix Automático” tem previsão de lançamento para abril de 2024. A modalidade permitirá realizar transações recorrentes no pagamento de contas, serviços e mais.


O que você precisa saber

O serviço funcionará de forma similar ao débito automático e permitirá pagamentos recorrentes de contas e serviços de assinatura — como energia, água, telefone, escola, academia, streaming e mais;

A modalidade será ativada com a autorização prévia do cliente e, a partir disso, as transações serão automáticas sem que o usuário precise autenticar as transações;

Prestadoras de serviços poderão criar contratos com clientes, que deverão manifestar a intenção de pagar via Pix Automático e informar seus dados bancários;

O cliente receberá uma notificação do banco para confirmar a operação;

Também será possível usar uma leitura de QR Code, ou Pix Copia e Cola, para autorizar as futuras transações;

O Pix automático será gratuito aos usuários, mas poderá ser tarifado no recebimento por empresas;

O novo recurso também trará mais funcionalidades, como estabelecer um limite máximo do valor da parcela a ser debitada e cancelar a transação a qualquer momento;


O Pix Automático viabilizará pagamentos recorrentes de forma automática, mediante autorização prévia do usuário pagador. O desenvolvimento do produto é pautado em três pilares: segurança; praticidade para usuários (pagadores e recebedores); e flexibilidade, de forma a permitir seu uso em múltiplos modelos de negócios, sejam digitais ou por estabelecimentos físicos.

Banco Central em comunicado.


Cronograma do Pix Automático

O BC trabalha nessa nova modalidade desde o final de 2021 e o assunto foi debatido na última segunda-feira (19), durante a 19ª Reunião Plenária do Fórum Pix. Foi estabelecido o seguinte cronograma para implantação do Pix Automático:


Especificação: junho a agosto de 2023;

Publicação das regras e manuais: setembro de 2023;

Desenvolvimento dos sistemas: outubro de 2023 e fevereiro de 2024;

Testes: março de 2024;

Lançamento: Abril de 2024.


*Olhar Digital 

Dólar já caiu de R$ 5,45 para R$ 4,80 desde o início do governo Lula; o que esperar da moeda norte-americana agora?

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19 de jun. de 2023

Saiba o que fez o dólar desabar após atingir pico logo no início do governo e como as ações de Lula podem influenciar as cotações da moeda

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Montagem com o presidente Lula sobre uma nota de dólar - Imagem: Montagem: Seu Dinheiro / Shutterstock

O governo Lula tinha apenas quatro dias quando o dólar comercial atingiu as máximas do ano aos R$ 5,452. Na ocasião, os investidores ficaram assustados com as primeiras declarações econômicas do presidente e de alguns ministros.


Mas o que parecia ser o início de uma escalada acabou se revelando um desfiladeiro. De lá para cá, o dólar acumula uma queda de 11,6% e atingiu a cotação mais baixa do ano na última quinta-feira, a R$ 4,803.


A moeda norte-americana voltou a ganhar força na sexta-feira e encerrou a semana a R$ 4,82. Ainda assim, o movimento não parece uma reversão da trajetória de baixa no curto prazo, segundo analistas.


Mas o que motivou a queda do dólar, no fim das contas? E, mais importante, o que esperar do câmbio daqui para frente? A seguir trazemos algumas respostas e pistas dos próximos movimentos da moeda.


De antemão, é bom destacar o que os especialistas em investimentos não se cansam de repetir: é importante manter sempre uma parcela da sua carteira em dólar. Isso porque o câmbio costuma a ser a primeira barreira de proteção caso as coisas deem errado.


TUBARÕES DO MERCADO "FIZERAM O L"; AGORA A APOSTA É QUE BOLSA DE VALORES PODE SUBIR MAIS E O DÓLAR EM QUEDA


O que fez o dólar cair

Após disparar nos primeiros dias do governo Lula, o dólar teve uma acomodação em fevereiro e voltou a ganhar força no mês seguinte, quando o movimento de queda se consolidou com mais vigor.

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Fonte: Broadcast

O câmbio reagiu mal em momentos como as declarações de Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com o risco de descontrole das contas públicas na gestão do petista.


Mas essa possibilidade foi afastada pelo mercado depois da apresentação do projeto do arcabouço fiscal pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justamente no fim de março.


A sinalização de alguma responsabilidade fiscal nos próximos anos fez com que os investidores reduzissem as apostas contra a moeda brasileira, o que tirou a pressão sobre o dólar.


Tudo isso ajudou a trazer de volta recursos estrangeiros para o Brasil. E com mais dólares em circulação, a tendência é que a moeda norte-americana perca força.


Enquanto isso, o dólar também se desvalorizou contra outras divisas internacionais, na perspectiva de que o Federal Reserve interrompesse o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, o que acabou se confirmando nesta semana.


Por falar em juros, o Banco Central brasileiro tem tudo para começar a reduzir a taxa básica de juros (Selic). O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana e a expectativa é que o comunicado traga alguma sinalização de início dos cortes.


O que esperar do dólar daqui para frente

A taxa de câmbio foi criada por Deus apenas para humilhar os economistas, diz a célebre frase de Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real.


Então com a ressalva de que é praticamente impossível prever o que vai acontecer com o dólar, a tendência para a moeda norte-americana é de queda ou estabilização nos patamares atuais.


No curto prazo, a trajetória do câmbio dependerá de basicamente duas variáveis: o fluxo externo e o preço das commodities.


A primeira é favorável ao país, já que a alocação de investidores estrangeiros permanece perto dos níveis históricos mais baixos.


E a entrada de recursos pode aumentar caso o Brasil consiga melhorar a avaliação pelas agências de classificação de risco. A S&P Global inclusive deu um passo nessa direção ao colocar o rating de crédito do país em perspectiva positiva.


Já o preço das commodities permanece como um fator de preocupação diante da queda recente e pode pressionar o câmbio. Isso porque, se por um lado a queda das matérias-primas é positiva para a inflação, por outro reduz os dólares que o Brasil recebe via exportações.


O efeito Lula

No médio e longo prazo, a condução da política econômica pelo governo Lula volta à mesa como um fator que pode influenciar o dólar. No mercado, ainda restam muitas dúvidas sobre o comportamento do presidente, principalmente quando ele for testado a tomar medidas impopulares.


Entre os riscos está o efetivo cumprimento do arcabouço fiscal, que prevê a redução de gastos quando não houver contrapartida nas receitas do governo.


Outro ponto de interrogação que paira sobre Lula é como o presidente vai agir caso o Banco Central seja obrigado no futuro a subir os juros para conter a inflação. Caso o mercado entenda que a Selic artificialmente baixa, a tendência é que os investidores corram para o dólar.


*Seu Dinheiro 

Após romper os R$ 4,80, é possível sonhar com dólar a R$ 4,50?

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 Após romper os R$ 4,80, é possível sonhar com dólar a R$ 4,50

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Dólar opera nas mínimas em um ano digerindo fatores internos e externos; Analistas veem espaço para mais quedas (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)

Demorou, mas finalmente o dólar à vista rompeu o nível de R$ 4,80 e ficou abaixo desse patamar tão esperado, após pouco mais de um ano.


Se a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao manter a taxa de juros quase jogou um banho de água fria a quem esperava por esse momento, o otimismo da agência de classificação de risco S&P com o Brasil acelerou as perdas da moeda norte-americana.


Nesta semana, a taxa nos Estados Unidos seguiu no intervalo entre 5% e 5,25%, após a autoridade monetária promover dez altas seguidas dos juros, iniciada em março de 2022. Contudo, o Fed sinalizou que deverá voltar a elevar juros.


Porém, no mesmo dia, a  S&P  surpreendeu o mercado ao elevar a perspectiva do Brasil de “estável” para “positiva” reafirmando o rating “BB-“. No entanto, para o tão sonhado grau de investimento, o país precisa subir mais três degraus.


Dólar entre Fed e S&P

O analista da Empiricus Research, Enzo Pacheco, reforça que a notícia do rating do Brasil fez o dólar voltar a cair, após um estresse com as sinalizações de que o Fed deve subir juros nas próximas reuniões de política monetária.


Logo após a decisão do BC americano, o gráfico de pontos (dot plots) passou a sinalizar outras duas elevações de 0,25 ponto percentual (p.p.) até o fim deste ano. Sendo assim, a mediana das projeções da Fed Funds Rate saltou do intervalo de 5% a 5,25% para 5,50% a 5,75%. Até dezembro, o Fed terá mais quatro encontros.


Porém, mesmo digerindo os próximos passos do banco central americano, Pacheco diz que “não acha absurdo pensar” em um dólar nos níveis de R$ 4,60 e até de R$ 4,50 nas próximas semanas.


Não acho que seja impossível. Mas também não acho que seja tão sustentável esse dólar para baixo”, pondera. Segundo o analista da Empiricus, vide a importância da taxa de câmbio para as exportadoras, a queda do dólar tira a atratividade das empresas exportarem seus produtos.


“Mas ainda vejo espaço para R$ 4,50, que é visto por economistas como um câmbio de equilíbrio. Mas isso, claro, sem crise. Lembrando que qualquer estresse lá fora, a moeda também tem espaço para voltar aos R$ 5,00”, destaca.


Suporte para R$ 4,80

Se a combinação dos fatores decisão do Federal Reserve e perspectiva mais positiva com o Brasil ajudaram o dólar a renovar as mínimas em um ano, o investidor quer saber o que pode sustentar a moeda abaixo desse patamar, não alcançado desde o começo de junho de 2022.


Por enquanto, para o head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, o que deve dar suporte para a divisa estrangeira na casa dos R$ 4,70 é a balança comercial.


“Movida pelas vendas de commodities. Além da taxa de juros [taxa Selic] que ainda está em um patamar muito alto. Esses dois componentes dão suporte ao dólar abaixo dos R$ 4,80″, avalia.


Weigt ainda destaca outro fator doméstico que tem ajudado o dólar a ficar abaixo dos R$ 5,00 desde abril, a diluição do risco fiscal. “Os grandes riscos que tínhamos na parte fiscal estão menores. E se tivermos a aprovação da reforma tributária, ou uma parte dela pelo menos, será positivo para dar esse suporte”, observa.


É hora de comprar dólar?

Seja para investir ou para viajar, analistas veem na atual cotação do dólar uma oportunidade de investimentos. Porém, como Pacheco vê espaço para mais quedas no preço da divisa, ele orienta quem quer comprar dólar agora pode esperar mais um pouco.


“Porque a gente pode ver novas quedas nas próximas semanas”, diz. Contudo, caso o investidor queira montar uma posição na moeda, a cotação em R$ 4,80 pode ser um bom nível para começar. “E vai investindo uma fatia à medida que a moeda for caindo”, reforça o analista da Empiricus.


Por outro lado, Weigt, da Travelex, ressalta a máxima dos investimentos de sempre diversificar a carteira de moedas, entre real, dólar e euro. “Diria que, de toda a carteira de investimento, indico ter sempre entre 10% a 30% dela em dólar ou euro, para justamente ter uma diversificação”, ressalta.


*Money Times 

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