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O que é ActivityPub?

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12 de jul. de 2023

 O que é ActivityPub?

Alsorsa.News
Reprodução/Wikimedia Commons

O ActivityPub é um tipo de protocolo aberto que funciona como um “motor” e permite a criação de redes sociais federadas (descentralizadas), sem que uma grande empresa ou corporação controle o sistema de forma unilateral.


Para que serve o ActivtyPub?

A tecnologia foi concebida em 2018 pelo World Wide Web Consortium (W3C), um consórcio internacional que rege os padrões de criação e interpretação de interfaces na internet como conhecemos hoje.


O objetivo dos criadores é justamente expandir a conexão entre aplicações sociais e criar um universo mais colaborativo, diversificado e com diferentes opções para as pessoas aderirem. Tudo sem depender tanto do monopólio de grandes aplicativos e sites.


O termo ganhou força com a adesão do Threads ao fediverso: um conjunto de plataformas descentralizadas que usam o ActivityPub para compartilhar informações. De acordo com a Meta, responsável pelo microblog rival do Twitter, o uso do protocolo permite aos seus usuários ampliarem seus horizontes por meio da interação com outras redes dentro do fediverso.


“Nossa visão é que as pessoas que usam aplicativos compatíveis poderão seguir e interagir com pessoas no Threads sem ter uma conta no aplicativo, e vice-versa, criando uma nova era de redes diversificadas e interconectadas”, explica a Meta em comunicado.


Como funciona o ActivityPub?

É através do ActivityPub que os usuários conseguem migrar conteúdos e interações entre diferentes plataformas sociais ou colaborativas — o que é conhecido pelo termo “interoperabilidade”.


Por exemplo, você pode enviar publicações com vídeo, texto ou foto do Threads na linha do tempo de um amigo que usa o Mastodon — o caminho oposto também é viável. A mesma situação se aplica a mensagens diretas, compartilhamentos, solicitações de amizade e curtidas, entre outras ações.


Isso é possível graças aos “nós”, servidores próprios do ActivityPub cedidos aos usuários de cada plataforma. Nesse caso, os nós são os responsáveis pelo armazenamento de dados e a interligação deles com as plataformas descentralizadas que usam o protocolo para se conectarem — uma espécie de “telefonista” ou “carteiro”, só que digital.


Onde o ActivityPub pode ser aplicado?

Além das redes sociais, existe uma ampla gama de aplicações compatíveis com o protocolo ActivityPub. Confira alguns exemplos:


Apps de mensagens

O ActivityPub permite que aplicativos de mensagens se comuniquem uns com os outros sem que haja necessidade de logar em um serviço específico. Para que isso seja possível, no entanto, o protocolo do app deve ser obrigatoriamente compatível com o ActivityPub. Um dos exemplos mais famosos é o protocolo XMPP, usado no Skype e no Google Chat. Esse sistema possibilita troca de mensagens, arquivos e interações entre diferentes aplicativos — desde que os desenvolvedores liberem a atividade compartilhada.


Plataformas de gerenciamento de conteúdo

Com o ActivityPub também é possível que aplicações desta categoria interajam entre si de forma descentralizada. Como exemplo disso, os blogs que fazem parte do fediverso permite a alguém que usa o Write.as interagir com um usuário do Read.as, seguindo perfis e comentando em posts, entre outras atividades.


Plataformas colaborativas

A interoperabilidade proporcionada pelo ActivityPub também se faz presente em ferramentas de colaboração. Aqui, o exemplo é o Gitea: uma ferramenta de hospedagem para desenvolvimento colaborativo de softwares com base em repositório Git. Neste caso, o protocolo autoriza desenvolvedores a ajudarem uns aos outros na criação de projetos e troca de códigos com outras plataformas semelhantes também usuárias do ActivityPub.


Outros protocolos

Vale destacar que, embora tenha forte presença no fediverso, o ActivityPub não é uma exclusividade do sistema e pode ser adotado por aplicações independentes. Aliás, existem diversos protocolos que se propõem a fazer a mesma ação, como Ostatus, Diaspora, Zot, Matriz e WebSub.


Quem também segue a cartilha das redes federadas é o Bluesky, microblog criado pelo cofundador e ex-CEO do Twitter Jack Dorsey. Embora não tenha um nome pomposo, a rede social descentralizada conta com o seu próprio universo de plataformas interligadas e usa o AT Protocol para fazer a “mágica” acontecer.


*Canaltech 

O que é a nova rede social Bluesky?

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6 de mai. de 2023

 O que é a nova rede social Bluesky?

Alsorsa.News |
Divulgação/Bluesky

A Bluesky é a nova rede social de microblogging apontada como uma das principais rivais do Twitter. A plataforma aposta na criação de conteúdos curtos, em uma linha do tempo contínua, e apresenta um visual muito semelhante ao Passarinho Azul.


O seu diferencial é o uso do AT Protocol, um protocolo exclusivo que permite com que várias redes sociais diferentes se comuniquem entre si em um mesmo espaço. Para entender melhor, pense nos sistemas de e-mails ou nos números de telefone: não importa a sua operadora, fabricante ou provedor de correio eletrônico, você consegue se comunicar com outras pessoas livremente.

A Bluesky é um "Twitter raiz" sem Elon Musk no comando (Imagem: Reprodução/Bluesky)


Além disso, a Bluesky terá o seu código-fonte aberto para todos, o que significa que qualquer pessoa pode estudar esses dados ou desenvolver soluções utilitárias a partir dele. Sem um controle empresarial, a comunidade é quem dita os rumos do serviço de modo mais democrático.


História da Bluesky

A história da Bluesky se confunde com a evolução do Twitter, porque o projeto surgiu com o incentivo da plataforma em 2019. A ideia era investir em um sistema aberto que possibilitasse uma rede menos centralizada sem perder a essência do serviço.


A fundadora da Bluesky é Jay Graber, especialista em redes sociais descentralizadas e crítica do poder concentrado nas mãos das Big Techs. Compõem o conselho de administração ninguém menos que o fundador e ex-CEO do Twitter Jack Dorsey e o inventor das tecnologias Jabber/XMPP Jeremie Miller.


Dorsey se dedicou a criar o sucessor do Twitter assim que deixou o comando do Passarinho, em 2021. Sua ideia era ajudar a trazer de volta as raízes da sua rede social, como ocorria no final dos anos 2000.


A plataforma chegou a ficar sob ameaça quando Musk anunciou a compra do Twitter, porque o bilionário obviamente não investiria em um serviço rival para o seu investimento de US$ 44 bilhões. O jeito foi se desvincular do Passarinho e seguir de maneira solo com uma nova empresa; a lista de espera do Bluesky foi aberta em outubro de 2022.


O que é o AT Protocol?

De nome completo Authenticated Transfer Protocol, o AT Protocol é uma linguagem de comunicação em código aberto construída sobre um sistema federado. A premissa é similar à do Mastodon, porém com um funcionamento muito mais amigável para o usuário leigo.


O protocolo permite criar redes sociais individualizadas dentro de um sistema maior, as quais podem se comunicar entre si de maneira integrada. É possível também migrar sua conta de um provedor para outro sem perder conteúdo e contatos.


Seria como se houvesse um app capaz de reunir Instagram, Facebook, TikTok, Snapchat e Twitter em um só lugar. Cada serviço teria suas características próprias, mas você poderia visualizar o tuíte do seu amigo no mesmo espaço onde assiste a um vídeo curto de um influenciador.


Empresas podem criar suas próprias redes para construir uma comunidade mais próxima do consumidor, com sua própria metodologia de gestão, algoritmos personalizados e com regras de moderação exclusivas. A parte interessante é que ninguém seria dono disso tudo, então as decisões são tomadas em conjunto por todos, mais ou menos como ocorre no universo de distribuições Linux.


Como conseguir convite no Bluesky?


👉Há duas formas principais para conseguir um convite no Bluesky:


Cadastrar-se no site da Bluesky (bsky.app) para aguardar na lista de espera;

Receber um convite de algum usuário para cortar caminho.

O segundo é difícil, porém mais eficaz, porque garante o acesso imediato a partir do recebimento de um invite code. Quem está na lista de espera pode ter que aguardar meses par ingressar na rede social — não há como saber quanto tempo isso pode demorar.


Esse sistema de convidados exige que alguém já cadastrado envie o código para você também entrar. É um modelo de ingresso que lembra bastante o Orkut e, mais recentemente, o Clubhouse.


O problema é que a quantidade de convites liberados é limitada a apenas um por semana. Em 30 dias, você provavelmente convidará no máximo quatro pessoas, o que é muito pouco se comparado às imensas listas de amigos das redes sociais.


Como saber se tenho convite para enviar?

Usuários com convites disponíveis podem visualizá-los no Menu Lateral, logo abaixo dos seus seguidores e das pessoas que seguem. É só localizar o ícone de ingresso com o número de convites disponíveis e o texto “invite codes”.

Os convites ficam posicionados em área de destaque na Barra Lateral da Bluesky (Imagem: Alveni Lisboa/Canaltech)


Bluesky vs. Twitter

Visualmente, a Bluesky é muito parecida com o Twitter, especialmente com versões antigas da rede de Elon Musk. Tudo que você conhece está ali presente: as duas linhas do tempo (uma algorítmica e outra para seguidores), as quatro guias inferiores, o menu lateral, os posts curtos e as ferramentas de interação — curtida, repost e comentário.


Porém é notável que a Bluesky ainda não tem tantos recursos quanto o concorrente. Não há suporte para vídeos, áudios ou GIFs, mas você pode anexar links externos e imagens.


O serviço também não possui sistema de assinaturas nem tantas opções de personalização de perfil. Por estar em fase de testes, somente o idioma inglês está disponível, embora você possa publicar na língua que quiser.

Os recursos do Bluesky são bons, mas ainda estão bem atrás do Twitter (Imagem: Alveni Lisboa/Canaltech)

É preciso ressaltar a diferença na velocidade entre os sistemas: a Bluesky leva alguns segundos para carregar posts, mesmo aqueles que você já leu antes; já o Twitter faz isso quase instantaneamente e ainda atualiza com as novidades muito rapidamente.


O sistema federado é praticamente imperceptível, porque você já se cadastra usando o endereço @nomedousuario.bsky.social. Quando outros domínios forem lançados, talvez as pessoas se confundam um pouco com essa identificação extensa, mas até agora é tudo tão simples quanto criar uma conta no Twitter.


Vale a pena usar a Bluesky?


A melhor resposta para quem está na dúvida sobre usar a Bluesky é o bom e velho “depende”. Se você usa a plataforma para interagir com amigos, e se eles estiverem cadastrados por lá, o sistema é perfeito, porque terá menos concorrência.


Para empresas e marcas que precisam divulgar seus produtos, talvez ainda seja cedo para usar a plataforma. Assim como Mastodon e Koo, que tiveram crescimentos explosivos durante crises do Twitter, o mesmo parece estar acontecendo com a Bluesky neste exato momento, mas a quantidade de usuários ainda é baixo (até porque o acesso é limitado).


Na fase inicial, as pessoas estão empolgadas seguindo todo mundo, curtindo tudo quanto é conteúdo e em busca de se tornar conhecido na rede social. O problema é que essa euforia pode passar e tudo que foi construído ali ficaria perdido.


A dica então é usar sem muitas pretensões, sempre fazendo o reaproveitamento de conteúdos para outras redes sociais e com a consciência de que pode dar errado. Os próximos seis meses devem ser fundamentais para se ter um veredicto mais confiável sobre o sucesso ou o fracasso da Bluesky.


*Canaltech 

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